O RELATÓRIO DAS EXÉQUIAS DA SENHORA ALLAN KARDEC
REVISTA ESPÍRITA DE JANEIRO DE 1883

Lançamento original:
Compte rendu des obsèques madame Allan Kardec
La revue spirite, janvier 1883

Société du Spiritisme Scientifique
05, rue des Petits-Champs, 05
Paris – 1883


OBRA RARA TRADUZIDA

 

Tradução: Abílio Ferreira Filho

Revisão da Tradução: Irmãos W. e Ery Lopes

Prefácio: Jorge Hessen

Formatação: Alexandre R. Distefano

Versão digitalizada
© 2021

Distribuição gratuita:
 

(AKOL) Allan Kardec.Online

Portal Luz Espírita

Autores Espíritas Clássicos

O relatório das exéquias da senhora Allan Kardec:

Amélie Gabrielle Boudet, viúva do Codificador da Doutrina Espírita, faleceu no dia 21 de janeiro de 1883, às cinco horas da manhã, com 88 anos de idade; seu espírito usufruiu de uma rara lucidez até os últimos dias de sua existência terrestre. A Sra. Allan Kardec conservava todas suas faculdades físicas, pois que, em sua idade avançada, ainda lia e escrevia sem ajuda de óculos; as últimas cartas que ela enviava aos seus amigos, em dezembro de 1882 e janeiro de 1883, provam o quanto ela possuía completo uso de suas forças materiais e intelectuais.

A Sra. Rivail (Allan Kardec) era o doce reflexo do nobre lionês, um homem de bem, um pensador renomado cujo nome é popular nos quatro cantos do mundo; foi difícil para ela, que era doce e caridosa com os humildes.

Os espíritas de Paris acompanharam ao cemitério de Père-Lachaise os restos mortais dessa inesquecível octogenária; eles honravam a memória da amável dama que, para todos, tinha um sorriso gracioso e agradável, que sabia consolar, aconselhar, acalmar os corações doloridos com uma graça toda particular das damas de outrora, graça que nossa geração cansada não encontrou ainda.

As coroas e as flores cobriam o carro mortuário; tinham vindo de Paris e de várias cidades eram solicitados os nomes das coroas sobre as quais fossem inscritas as denominações das Sociedades de Toulouse (círculo da Moral espírita), dos grupos de Lyon, de Nantes, da Bélgica, etc., etc.

Os delegados da Sociedade para a continuação das obras espíritas de Allan Kardec, secundados pelos espíritas parisienses, tinham preparado a tocante cerimônia à qual assistiam, em lugar de indiferentes, corações emocionados pela boa e afetuosa lembrança, almas dos quais vibravam em reconhecimento.
Alguns, os mais velhos, tinham conhecido o Sr. e a Sra. Allan Kardec, seja antes de 1855, seja após a época em que esse grande filósofo dava ao espiritismo uma base sólida e definitiva; estes sabiam que as provas não tinham faltado a esse casal corajoso, enérgico, que seus negócios com os amigos, foram arruinados, seja pela má-fé, seja por ruínas comerciais devidas às revoluções políticas.

O Sr. Rivail (Allan Kardec), linguista, pedagogo e gramático distinguido, editou alguns volumes que fizeram-no uma celebridade, entre outros gramáticos recomendados pelo ministro da Instrução pública, guias usuais de ensino, de ciência, de preparação a altos estudos, os cursos tão renomados do Sr. Lévi Alvarés; foram anos de luta; mas eles se amavam, se estimavam: a mulher de espírito superior secundava o homem, o robusto trabalhador que procurava as brechas, muito largas, feitas à sua fortuna por depósitos falsos ou infelizes; a Sra. Rivail era econômica, ativa, encorajava o esposo, ajudava-o em tudo, semelhante à formiga paciente que, após desmoronar todo seu trabalho, o reconstitui fio a fio, sem jamais se desesperar em ver o coroamento.

Quando, em 1855, o Sr. Rivail se ocupou do espiritismo, com numerosos sábios, a reconstituição de sua fortuna se efetuava com dificuldade, preocupado pelo que ele tinha empreendido, indeciso, duvidava e se perguntava se a nova fenomenologia seria levada a sério; muito perseverante todavia, pesquisador e verdadeiro investigador, ele soube tirar o diamante de seu sangue; o primeiro Livro dos Espíritos foi publicado em 1857; sua mulher o incentivava a esses nobres e belos estudos que, se exigiam da parte do pesquisador uma atenção, uma aplicação sustentadas, lhe davam como recompensa a quietude do espírito e a explicação racional das leis da vida.

A Sra. Allan Kardec secundava seu marido, servia de secretária, lhe dava sua opinião ao que o Mestre considerava de grande importância e levava em conta. Graças a ela ele editou, em 1860, o Livro dos Espíritos, o mesmo que lemos atualmente na 29ª edição, ainda na 30ª, ele tinha interrogado aos invisíveis com uma reserva prudente, com sabedoria e condensou seu ensinamento, nesse livro hoje traduzido para todas as línguas européias, com uma lógica servida por um largo espírito de coordenação.

Antes de 1858, foi proposta a Allan Kardec fundar a Revista espírita; sua hesitação foi natural, pois, não acreditando em sua vitalidade, ele não ousava abandonar o trabalho cotidiano que lhe permitia viver honestamente, para abordar o desconhecido e talvez a desilusão. Aí, ainda, a Sra. Allan Kardec foi de uma admirável vontade e coragem; foi ela quem decidiu dedicar-se a essa publicação, a desafiar o ridículo com que as pessoas encaram toda novidade nessa França onde aniquila infalivelmente; após os Espíritos darem sua opinião não o pressionam, deixando-o livre para ser o operário da nova obra.

No terceiro caderno da Revista Espírita, Allan Kardec falou de sua reencarnação; desde então, alguns espiritualistas anti-reencarnacionistas o abandonaram, recusando-lhe todo apoio, a menos que ele negasse a pluralidade e a sucessão de existências da alma na terra.

Allan Kardec protestou, apoiou-se no raciocínio, na palavra dos espíritos, na lógica, mas foi tudo em vão; entregue a si mesmo, abandonado pelos antigos amigos, com sua digna esposa ele lutou, soube se poupar, sofreu e foi enfim o senhor da situação; secundado como ele era por um ser frágil e forte, um verdadeiro coração de esposa que não regateava nem afeição profunda, nem a cooperação tenaz e salutar, ele traçou seu sulco e é em vão que os adversários quisessem hoje apagar o glorioso traço, renovador e regenerador.

Os espíritas do mundo inteiro veneram igualmente Allan Kardec e sua fiel companheira, eles sabem que se seus restos mortais são colocados sob esse dólmen, seus espíritos serão inseparáveis na erraticidade onde Deus os recompensa, onde eles velam por sua obra que nos legaram, que nós continuaremos todos com ardor para o bem e o progresso da humanidade.

Após ter ressaltado essas lembranças em uma improvisação rápida, o Sr. P.-G. Leymarie, que falava em nome de todos os espíritas e da Sociedade que ele administra, fez a prece pelas almas que acabam de deixar a terra; depois os discursos seguintes foram pronunciados após a leitura dos principais despachos enviados de todas as partes.

Discurso do Sr. Gabriel Delanne:

MEMBRO DA UNIÃO ESPÍRITA FRANCESA

Senhoras, Senhores, Irmãos e Irmãs em crença,

No último domingo, faleceu na aldeia Ségur, a mulher superior que foi a companheira devotada daquele cujo nome, na história, aparecerá ao lado dos grandes missionários da Humanidade. Sem desejar aqui pronunciar um discurso, permitam-me relembrar, em algumas palavras, as virtudes daquela que acaba de voltar à grande pátria espiritual.

A Sra. Allan Kardec foi verdadeiramente a mulher forte segundo o Evangelho; a companheira do grande vulgarizador do espiritismo, ela adotou suas idéias; ela empregou todas as suas energias ao estudo dos novos princípios; ela venceu os preconceitos de seu século e de sua educação, e se elevou por sua vontade, até a altura do espírito de nosso Mestre; ela provou em seguida, pelo apego profundo que ela guardou pela sua maneira de ver, que o espiritismo tinha penetrado vivamente em seu coração. Sim, essas grandes e sublimes verdades que nosso filosofia professa, lhe deram a coragem de secundar corajosamente o propagador da nova fé, e de apoiá-lo nas lutas freqüentes tão rudes do apostolado.

A companheira de um homem superior sente que lhe incumbem deveres particulares; não somente ela tem, como toda esposa devotada, a tarefa de rodear de amor e de providências, mas ela tem a mais a santa missão de fortalecer sua alma nas horas dolorosas da prova; ela deve acalmar as cruéis feridas que são feitas no coração dos campeões do progresso, o ódio e o sarcasmo; ela deve encontrar as boas palavras que são para a alma bálsamos soberanos; ela deve enfim, por sua energia, recuperar as forças ao atleta fatigado.

A Sra. Allan Kardec foi essa mulher: ela não falhou na alta missão que lhe foi confiada. Durante as viagens de seu marido através da França, ela o envolveu com sua solicitude e sua perspicácia, desconcertando frequentemente, pela segurança de seu julgamento, aqueles que queriam especular sobre a bondade tão conhecida do Mestre.

Foi verdadeiramente um grande espírito aquele que animou estes despojos mortais; alimentada do ensino de nossos guias, ela ornou sua inteligência e seu coração de preceitos de amor e de fraternidade que são a essência de nossa filosofia.

Allan Kardec se inspirou em sua inteligência tão justa para a confecção de suas obras; ele não publicou nada sem tê-la consultado, e frequentemente aproveitou as opiniões que lhe fornecia a retidão de julgamento de sua companheira. É por isso que temos uma dupla perda nesse momento: a de uma mulher de coração, devotada a nossas idéias, e a de uma colaboradora do homem de gênio de que sentimos falta.

A morte veio para levá-la à terra como o fez com seu marido, sem longas dores que fazem da agonia uma coisa mais terrível que a morte em si mesma; ela deixou, por assim dizer, subitamente seu envoltório e levantou vôo no espaço, a pátria de todos nós.

Nós não aprendemos com sua partida sem ficarmos profundamente emocionados. Nós a conhecíamos como amiga, por ter sido sempre ao mesmo tempo apreciar seu grande coração, e malgrado a certeza de que ela está feliz, lamentamos sua morte pelos infelizes que tinham encontrado nela, ajuda e socorro. Ela tinha certa caridade ativa que consola, mais ainda pela palavra que pelos dons materiais, tanto que deve ser hoje um dos mais bonitos florões de sua coroa espiritual.

Desde a morte de Allan Kardec, sua viúva vivia de forma retraída, cercada de velhos amigos de seu marido; ela esperava com prazer o momento de juntar-se àquele a quem tinha tanto amado; ela seguia com um olhar atento os interesses de nossa querida doutrina, e deplorava com freqüência que a idade a impedisse de lhe consagrar mais tempo; mas seu coração e sua alma deixaram um só instante de pertencer inteiramente ao espiritismo.

Ela terá tido a suprema satisfação de morrer tendo a certeza de que a obra de seu tão querido marido jamais perecerá; ela assistiu com felicidade ao renascimento do movimento espírita na França e no estrangeiro. Ela voltou à vida espiritual, feliz de ver as idéias de nosso Mestre propagadas de novo com redobrado zelo.

Não choremos por isso sobre esta tumba. Em conseqüência dos princípios que professamos, elevemos nossos corações aos espaços celestes. Roguemos ao Deus todo-poderoso que permita a essa querida alma de nos visitar com freqüência e retomar, com seu bem amado marido, a direção espiritual do espiritismo que fez sua felicidade aqui nos mundo, e que será sua glória mais pura no além-túmulo.

Discurso Improvisado do Sr. Ch. Fauvety:

PRESIDENTE DA SOCIEDADE CIENTÍFICA DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS

Senhoras, Senhores, irmãos e irmãs em humanidade.

Eu tomo aqui a palavra em nome da sociedade de estudos psicológicos, não para vos falar dessa cujos restos mortais saudamos – eu não conheci a senhora Allan Kardec – mas para dizer algumas palavras da obra de Allan Kardec. Eu não posso, aliás, senão rejubilar-me com a alma da morta falando do homem eminente do qual ela foi a digna companheira.

Todos vós que aqui estais, vós vos honrais em ser os discípulos de Allan Kardec. Como tais, vós sois os continuadores de sua obra e os representantes de sua doutrina. Essa obra é grande.

O espiritismo, como o compreendeu o vosso Mestre, e como ele expôs em suas obras, abrem uma nova fase ao espírito humano. É o ponto de partida, ao mesmo tempo religioso e social, de uma nova ordem.

O espiritismo pertence à religião do porvir, a essa religião que não é particularmente uma sucedânea de uma forma religiosa que já fez seu tempo, mas a religião em si mesma concebida independente de dogmas, de opiniões e de crenças, que ela deixa livre a consciência de cada um. Ela é a religião em sua amplitude porque liga o presente ao passado e ao futuro, porque ela se confunde com a solidariedade universal e que mostrando a vida na morte e dando um corpo aos desencarnados, faz comungar juntas as almas de todos os tempos e de todos os países, associa assim todas as gerações à obra humanitária e faz, realmente, de todos os homens, estejam eles materialmente vivos na terra, estejam em sua atmosfera etérea no estado de espíritos, os membros do mesmo corpo, todos interessados igualmente ao progresso, ao talento, à ascensão de sua humanidade comum.

Se eu vos falo aqui da doutrina espírita e de seu alto alcance social e religioso, é justamente porque a hora e o lugar são solenes e que convém vos relembrar, ao pé do túmulo de seu fundador, a grande tarefa que ele vos legou e a responsabilidade que pesa sobre aqueles que se dizem os discípulos e os representantes.

A árvore está plantada sem dúvida, mas é preciso regá-la, o cultivador para fazê-la crescer no solo desfavorável de nosso meio social tão fraco, tão céptico, tão perturbado, tão corrompido pelo espírito de luxo e os apetites materiais.

A árvore, aliás, é sempre julgada pelos seus frutos. Se vós que sois crentes e convictos da verdade da doutrina e a professais abertamente, vós não podeis dar o testemunho em seu favor, se não vos fizerem ser observados pela pureza de vossos costumes, a honestidade de vossa conduta, a probidade de vossos atos. Se vos faltar a benevolência e a caridade fraternal, se vós sois vistos competindo uns com os outros, que idéia quereis que se faça de uma doutrina que terá produzido tais frutos?

É porque eu me dirijo a todos vós, neste cemitério, enquanto que vós tendes vos reunido em torno desse dólmen, túmulo de Allan Kardec, para depositar junto de seus restos os despojos mortais daquela que foi a companheira de sua vida terrestre, e em presença de todas essas almas, escapadas vivas dessas covas inumeráveis que não contêm senão a poeira do que foi uma forma humana, em presença daquele que vós chamais de o Mestre e cuja alma nos escuta sem dúvida e plaina sobre nós, eu vos imploro mostrar benevolência uns com os outros, de não condenar mutuamente vossas intenções e de vos abster desses maus propósitos que, o mais frequentemente, começam por não ser senão um leve traço, mas que, passando de boca a boca, terminam por formar uma grossa injúria ou uma mortal calúnia sob a qual vosso irmão, gelado, talvez mortalmente, terminará por sucumbir.

Enfim, meus caros correligionários, retenhais pelo menos esse pensamento que o mal que fazeis a vossos irmãos, vós o fazeis mesmo por causa mesmo que quereis servir. Amai-vos, então; permanecei unidos pelo coração, mesmo que vós vos separeis para caminhar por sendas diferentes com um objetivo comum que vós quereis atingir, que é a difusão, a propagação da verdade que trazeis ao mundo.

Enfim, lembrai-vos de que as almas são sempre idênticas a si mesmas, embora renascentes em novos organismos, que os homens são assim com os membros de um mesmo corpo, que é o da humanidade presente, passada e futura, e que os membros de um mesmo corpo não podem se salvar uns sem os outros. Assim, o quer a lei de solidariedade universal.

Discurso do Sr. Carrier:

Caro espírito da Senhora Allan Kardec, é com um profundo respeito que vimos vos testemunhar nossa simpatia; fostes a digna esposa do fundador da Revista Espírita, e, por vossa bondade, vosso devotamento à santa causa do progresso moral vós mereceis todo nosso respeito.

Nós vos devemos nosso reconhecimento por ter fundado a Sociedade da qual sois membro, e que deve continuar a reprodução das obras fundamentais da doutrina espírita.

As sábias precauções que tomastes nos tranqüilizam quanto ao porvir; o espiritismo, essa crença que responde pela razão e pelo estudo dos fatos, nos é cara a todos os títulos tanto quanto é consoladora em nossas provas cotidianas.

Esperemos, caro espírito venerável, que Deus vos permita voltar entre nós que temos necessidade de vossos bons conselhos; é o voto de todos vossos amigos e irmãs em crença cujo pensamento vos segue. Adeus, mestre Allan Kardec.

AO CARO ESPÍRITO QUE FOI A SENHORA ALLAN KARDEC

Companheira devotada do grande missionário,
Aceitai o adeus que acabamos de vos dar,
Pois vós muito merecestes do doce revelador
Que partilhando sua vida, partilhou seu coração!...
Liberais vos do corpo, alma generosa!
Ganhais com alegria a esfera mais feliz
Para reunir-se Àquele que nos mostrou o Bem
E para formar ainda um casal aéreo!
Falar dEle, é falar de vós : Minha lira
Para vós somente uma voz cuja grandeza o inspira...
Às vezes o Todo-Poderoso faz passar entre nós
Um Espírito que nos torna mais doce o destino,
Um inspirado que luta com sua fé fecunda
E fala combatendo os preconceitos do mundo:
Sua fronte tem o raio flamejante e sagrado
Como o tinha Jesus quando estava inspirado:
Faísca saindo da Divina chama
Cuja viva luz ilumina sua alma:
Eis aqui a verdade (diz ele), que se faz dia!
Mas é preciso praticar a Caridade, o Amor!
Combatentes do Dever, soldados do Pensamento,
Lede, a livro aberto, em vosso destino,
Fazei o bem, procurai o verdadeiro... Eis aqui minha mão
Para seguir do Progresso o radioso caminho:
Os Espíritos deram, por sua filosofia
Um potente específico ao mundo na agonia!

A todos os dois:

Reuni-vos então, simpáticos Espíritos
Para lançar vossos clarões aos terrenos escurecidos:
Nossas almas de encarnados se tornarão sérias,
Nossos ignorantes saberão, por vossas vozes generosas,
Que é preciso vencer o Mal que tanto nos faz sofrer:
Avancemos, por nossos esforços, em direção ao belo porvir!...
Glória a vós!... mas que digo eu, para que nossos louvores?
Do Deus que vós servis, tornar-vos-eis Anjos
Oh vós que desprezastes a fútil fama
Que a glória terrestre ligou ao vosso nome,
Vós, que murchar o orgulho de nela viver
Vós gravitais todos os dois em direção a Glória eterna!

Louis Vignon

Amélie Gabrielle Boudet (1795 - 1883)

(AKOL) Allan Kardec.OnLine - Museu online do Espiritismo

Fontes: Canal Espírita Casa de Batuíra (Na noite do dia 19 de janeiro, Célia Maria Rey de Carvalho desenvolveu palestra virtual para a Casa de Batuíra-Grupo de Apoio ao Menor, de São Gonçalo (RJ). Em evento coordenado pelo dirigente Hélio Ribeiro Loureiro, a expositora homenageou Amélie Gabrielle Boudet, esposa de Allan Kardec. A dedicada companheira do Codificador que desencarnou no dia 21 de janeiro de 1883, aos 87 anos de idade)

Fontes: (AKOL) Allan Kardec.OnLine (Manuscritos Raros e Inéditos de Allan Kardec - Museu Virtual e Historiografia do Espiritismo)

Fontes: Projeto Allan Kardec – Acervo Museu AllanKardec.online (AKOL)

Improvisação da Sra. Sofia Rosen

SOBRE O TÚMULO DA SRA. ALLAN KARDEC

"Ela tinha visto a valente mão de seu marido lançar, através da tempestade, uma semente predestinada ao solo da Humanidade; ela tinha visto essa semente germinar, criar seu frágil caule batido pelos ventos, crescer galhos, depois ramos; estender ao longe suas sombras, tornar-se uma árvore imensa onde se abrigarão as gerações futuras e produzir, enfim, à face do mundo, essa flor radiosa, desabrochada ao sol do Ideal, e que se chama a Imortalidade!!

Sim, a Sra. Allan Kardec tinha visto tudo isso: ela podia partir! Então, ela dormiu do sono da terra, para despertar logo para a vida do espaço onde a esperava seu bem-amado.

E agora, ó Kardec! tu provas as felicidades do reencontro... Mas, não nos abandones na obscuridade de nossas sendas! Sustenta-nos na luta diária contra nós mesmos! Retifica nossos erros, perdoa nossas faltas! Comunica a nossas almas o fogo sagrado, a faísca divina que fará de nós os apóstolos dessa Verdade da qual foste o Messias. Possamos seguir fielmente o rastro luminoso que tu nos traçaste! Possa, enfim, sob teu influxo potente, se elevar logo o dia em que nós teremos para nós um só coração para amar o bem, uma só vontade para cumpri-lo."

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Relatório das Exéquias da Senhora Allan Kardec (Obra rara traduzida)

 

Compte Rendu des obsèques Madame Allan Kardec, La Revue Spirite, Janvier 1883 (Fr.)

 

Allan Kardec - La Revue Spirite Janvier 1883 (Fr.)

 

Baixar todas as obras no arquivo zipado