ERNESTO BOZZANO

PENSAMENTO E VONTADE

 

Pensamento [do latim pensare + mentu] – 1. Ato, efeito ou faculdade de pensar, refletir, meditar. 2. Qualquer ato de espírito ou operação da inteligência. 3. Meio e forma de comunicação dos espíritos. 4. Mente, intelecto, espírito.

Ideoplastia [do grego idéa + plásso ou plátto + -ia] - 1. Modelagem da matéria pelo pensamento. 2. A materialização do pensamento, criando formas que pode ter grande durabilidade.

 

Ernesto Bozzano - Pensiero e Volontà

Forze plasticizzanti e organizzanti

Casa Editrice Luce e Ombra

Roma (1926)

Sinopse da obra:

O consagrado autor - Ernesto Bozzano -, valendo-se de inúmeras experiências científicas, demonstra que o pensamento e a vontade são duas forças plásticas e organizadoras.

Formas - Pensamento podem ser projetadas objetivamente (ideoplastia), sejam dos seres humanos, sejam dos Espíritos, tornando-se visíveis por médiuns videntes e também por intermédio da fotografia escotográfica, isto é, a fotografia obtida na escuridão.

Através do estudo dos fenômenos metapsíquicos, fica provado que o pensamento não é função do cérebro: este, sim, é condicionado por aquele.

Confirma-se a existência e a sobrevivência da alma, demolindo o materialismo científico e conferindo à idéia espírita "uma solidez científica inabalável".

Introdução da obra:

As forças ideoplásticas:

Nada mais importante para a pesquisa científica e a especulação filosófica do que a demonstração, apoiada em fatos, da seguinte proposição: – pode um fenômeno psicológico transformar-se em fisiológico; o pensamento pode fotografar-se e concretizar-se em materialização plástica, tanto quanto criar um organismo vivo.

De outro modo falando, nada é tão importante para a Ciência e para Filosofia, como averiguar que a força do pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores.

Efetivamente, a evidência de tal fato coloca o investigador diante de um ato criador, legítimo quão verdadeiro, que o leva, conseqüentemente, a identificar a individualidade humana, pensante, com a Potência primordial, que tem no Universo a sua realização.

Grandiosa concepção esta, do Supremo Ser, que me reservo para desenvolver, de forma mais criteriosa, oportunamente.

Antes de tudo, a propósito da questão aqui visada, importa advertir que a idéia de um pensamento e de uma vontade, substanciais e objetiváveis, não é nova.

Os filósofos alquimistas dos séculos XVI e XVII, Vanini, Agrippa, Van-Helmont, já atribuíam ao magnetismo emitido pela vontade o resultado de seus amuletos e encantamentos.

O desejo realiza-se na idéia – disse-o Van-Helmont –, idéia que não é vã, mas uma idéia-força, que realiza o encantamento.

Aí temos, pois, já formulada com três séculos de antecedência, a famosa teoria de Fouillée sobre as idéias-forças, e de maneira até mais completa, de vez que admitindo a objetivação.

Van-Helmont chegou mesmo a formular nitidamente a teoria das “formas-pensamento”, da ideoplastia, da força organizadora; ao demais, atribuindo-lhes existência efêmera, porém, ativa.

É assim que ele se expressa:

“O que denomino espírito do magnetismo não são espíritos que nos venham do céu e muito menos do inferno, mas provenientes de um princípio inerente à criatura humana, tal como a faísca que da pedra se desprende.

Graças à vontade, o organismo também pode desprender uma pequena parcela de espírito, que reveste forma determinada, transformando-se em “ser ideal”.

A partir desse momento, esse espírito vital se torna em coisa como que intermediária do ser corpóreo e dos seres incorpóreos. Assim é que pode locomover-se à vontade, não mais submisso às limitações de tempo e espaço.

Mas, não se veja em tudo isso a conseqüência de poderes demoníacos, quando apenas se trata de uma faculdade espiritual do homem, a ele estreitamente ligada.

Até aqui, hesitei no revelar ao mundo esse grande mistério, graças ao qual fica o homem sabendo que tem ao alcance da mão uma energia obediente à vontade, ligada ao seu potencial imaginativo, capaz de atuar exteriormente e influir sobre pessoas distantes, muito distantes mesmo.”

Convém insistir nesta circunstância, a saber: que as afirmativas de Van-Helmont a respeito das propriedades objetiváveis do pensamento e da vontade não eram meramente intuitivas, mas fundadas na observação de fenômenos incontestes, aos quais muitas vezes assistiam esses pioneiros do ocultismo, posto que maturados não fossem os tempos para interpretar devidamente o que empiricamente constatavam.

Também não é menos verdade que, entre os alquimistas de há três séculos, encontramos já devidamente formuladas as propriedades dinâmicas do pensamento e da vontade, propriedades que, em nossos dias, apenas começamos a estudar com métodos rigorosamente científicos.

Resta-me, agora, prevenir os meus leitores de que os materiais, por mim recolhidos a propósito, são tão abundantes que um grande volume se me imporia para desenvolver o assunto de modo completo.

Vejo-me, destarte, obrigado a apresentar um resumo substancial de cada uma das categorias em que se subdivide o tema.

***

A primeira dessas categorias é de todos familiar e por isso me limitarei a explorá-la concisamente.

Refiro-me às provas de natureza indutiva, que as experiências de sugestão hipnótica podem fornecer em prol da hipótese de um pensamento objetivável.

Apenas, para bem elucidar o assunto, suponho necessário precedê-lo de algumas noções gerais, quanto à significação que devemos ligar ao vocábulo imagens do ponto de vista psicológico.

Denominamos idéia ou imagem, à lembrança de uma ou de muitas sensações, simples ou associadas.

Todo e qualquer pensamento não é mais que um fenômeno de memória, que se resume no despertar ou no reproduzir de uma sensação anteriormente percebida.

Existem tantos agregados de imagens, quanto os sentidos que possuímos.

Assim, temos grupos de imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas, gustativas, motrizes etc.

Aí temos imagens que, ao mesmo tempo que as sensações, constituem a matéria prima de todas as operações intelectuais.

Memória, raciocínio, imaginação são fenômenos psíquicos que, em última análise, consistem no grupar e coordenar imagens, em lhes apreender as conexões constituídas, a fim de retocá-las e agrupar em novas correlações, mais ou menos originais ou complexas, segundo a maior ou menor potência intelectual dos indivíduos.

Taine disse:

“Assim como o corpo é um polipeiro de células, assim o espírito é um polipeiro de imagens.”

Pensava-se outrora que as idéias não tinham correlativo fisiológico, isto é, que um substrato físico não lhes fora necessário para manifestarem-se no meio físico.

Hoje, pelo contrário, está provado que as idéias ocupam no cérebro as mesmas localizações das sensações.

Noutros termos: está provado não ser o pensamento senão uma sensação renascente de modo espontâneo e que, portanto, ele – o pensamento – é de natureza mais simples e mais fraca que a impressão primitiva, ainda que capaz de adquirir, em condições especiais, uma intensidade suficiente para provocar a ilusão objetiva daquilo com que sonhamos.

Mas, o pensamento não é unicamente a ressurreição de sensações anteriores: a faculdade imaginativa domina no homem; é graças a ela que as imagens se combinam entre si, a fim de criarem outras imagens.

Por aí se prova existir na inteligência uma iniciativa individual própria, assim como relativa liberdade em face dos resultados da experiência; e isto devido a duas faculdades outras, superiores, da inteligência: abstração e comparação.

Segue-se que a imaginação, a abstração e a comparação dominam as manifestações do espírito, delas decorrendo todos os inventos e descobertas, inspirações e criações do gênio.

Isto posto, notarei que um primeiro índice da natureza objetivável das imagens se depara na maneira como se comportam elas nas manifestações do pensamento.

Subentendido fica que nos estribamos nos conhecimentos novos sobre o assunto, os quais levam a modificar o ponto de vista até agora mantido, quanto aos modos funcionais da inteligência.

Sem esses conhecimentos, oriundos das investigações metapsíquicas, não poderíamos, certamente, atribuir aos diversos modismos funcionais, que realizam as imagens, tanto na vigília como no sono natural, a significação que, entretanto, de direito lhe conferimos.

Ernesto Bozzano

Vocábulos espíritas sobre o tema:

PENSAMENTO DO CRIADOR — Identificando o Fluido Elementar ou Hálito Divino por base mantenedora de todas as associações da forma nos domínios inumeráveis do Cosmo, do qual conhecemos o elétron como sendo um dos corpúsculos-base, nas organizações e oscilações da matéria, interpretaremos o Universo como um todo de forças dinâmicas, expressando o Pensamento do Criador.

E superpondo-se-lhe à grandeza indevassável, encontraremos a matéria mental que nos é própria, em agitação constante, plasmando as criações temporárias, adstritas à nossa necessidade de progresso.

No macrocosmo e no microcosmo, tateamos as manifestações da Eterna Sabedoria que mobiliza agentes incontáveis para a estruturação de sistemas e formas, em variedade infinita de graus e fases, e entre o infinitamente pequeno e o infinitamente grande surge a inteligência humana, dotada igualmente da faculdade de mentalizar e co-criar, empalmando, para isso, os recursos intrínsecos à vida ambiente.

Nos fundamentos da Criação vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre esse plasma divino vibra o pensamento mensurável da criatura, a constituir-se no vasto oceano de força mental em que os poderes do Espírito se manifestam.

PENSAMENTO DAS CRIATURAS — Do Princípio Elementar, fluindo incessantemente no campo cósmico, auscultamos, de modo imperfeito, as energias profundas que produzem eletricidade e magnetismo, sem conseguir enquadrá-las em exatas definições terrestres, e, da matéria mental dos seres criados, estudamos o pensamento ou fluxo energético do campo espiritual de cada um deles, a se graduarem nos mais diversos tipos de onda, desde os raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as legiões angélicas, através de processos ainda inacessíveis à nossa observação, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até às ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica, ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos.

Os Espíritos aperfeiçoados, que conhecemos sob a designação de potências angélicas do Amor Divino, operam no micro e no macrocosmo, em nome da Sabedoria Excelsa, formando condições adequadas e multiformes à expansão, sustentação e projeção da vida, nas variadas esferas da Natureza, no encalço de aquisições celestiais que, por enquanto, estamos longe de perceber.

A mente dos homens, indiretamente controlada pelo comando superior, interfere no acervo de recursos do Planeta, em particular, aprimorando-lhe os recursos na direção do plano angélico, e a mente embrionária dos animais, influenciada pela direção humana, hierarquiza-se em serviço nas regiões inferiores, da Terra, no rumo das conquistas da Humanidade.

CORPÚSCULOS MENTAIS — Como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extrafísico, encontramos o pensamento por agente essencial.

Entretanto, ele ainda é matéria, — a matéria mental, em que as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo.

Temos, ainda aqui, as formações corpusculares, com bases nos sistemas atômicos em diferentes condições vibratórias, considerando os átomos, tanto no plano físico, quanto no plano mental, como associações de cargas positivas e negativas.

Isso nos compele naturalmente a denominar tais princípios de núcleos, prótons, nêutrons, posítrons, elétrons ou fótons mentais», em vista da ausência de terminologia analógica para estruturação mais segura de nossos apontamentos.

Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos «quanta de energia» e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprimem freqüência e cor peculiares.

Essas forças, em constantes movimentos sincrônicos ou estado de agitação pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada pessoa uma onda mental própria.

MATÉRIA MENTAL E MATÉRIA FÍSICA — Em posição vulgar, acomodados às impressões comuns da criatura humana normal, os átomos mentais inteiros, regularmente excitados, na esfera dos pensamentos, produzirão ondas muito longas ou de simples sustentação da individualidade, correspondendo à manutenção de calor.

Se forem os elétrons mentais, nas órbitas dos átomos da mesma natureza, a causa da agitação, em estados menos comuns da mente, quais se iam os de atenção ou tensão pacífica, em virtude de reflexão ou oração natural, o campo dos pensamentos exprimir-se-á em ondas de comprimento médio’ ou de aquisição de experiência, por parte da alma, correspondendo à produção de luz interior.

E se a excitação nasce dos diminutos núcleos atômicos, em situações extraordinárias da mente, quais sejam as emoções profundas, as dores indizíveis, as laboriosas e aturadas concentrações de força mental ou as súplicas aflitivas, o domínio dos pensamentos emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transformador do campo espiritual, teoricamente semelhantes aos que se aproximam dos raios gama.

Assim considerando, a matéria mental, embora em aspectos fundamentalmente diversos, obedece a princípios idênticos àqueles que regem as associações atômicas, na esfera física, demonstrando a divina unidade de plano do Universo.

INDUÇÃO MENTAL — Recorrendo ao “campo” de Einstein, imaginemos a mente humana no lugar da chama em atividade. Assim como a intensidade de influência da chama diminui com a distância do núcleo de energias em combustão, demonstrando fração cada vez menor, sem nunca atingir a zero, a corrente mental se espraia, segundo o mesmo princípio, não obstante a diferença de condições.

Essa corrente de partículas mentais exterioriza-se de cada Espírito com qualidade de indução mental, tanto maior quanto mais amplos se lhe evidenciem as faculdades de concentração e o teor de persistência no rumo dos objetivos que demande.

Tanto quanto, no domínio da energia elétrica, a indução significa o processo através do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contacto visível, no reino dos poderes mentais a indução exprime processo idêntico, porquanto a corrente mental é suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra corrente mental que se lhe sintonize. E tanto na eletricidade quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas, enquanto perdure a sustentação do fluxo energético.

Compreendemos assim, perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade.

FORMAS-PENSAMENTOS — Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação, desde o acasalamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento.

Emitindo uma idéia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim. espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.

É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha.

Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.

Fontes: MECANISMOS DA MEDIUNIDADE. 11º livro da coleção “A Vida no Mundo Espiritual”. Ditado pelo Espírito André Luiz. Psicografado por Francisco Cândido Xavier.

Comentário do site:

Vamos analisar o pensamento e a sua interação com o meio em que vivemos e a sua influência sobre nós.

É , sem dúvida, um tipo de força intensa que nos conduz a vida. É um tipo de energia psíquica intensamente arrebatador. Será o pensamento um arroubo dos poetas? Ou uma abstração filosófica?

Nossos pensamentos geram as nossas ações e nossas ações geram pensamentos dos outros. O pensamento é tudo em nossa vida, se temos objetivos concretos em nossa existência estamos materializando gradualmente aquilo do que almejamos para nossa vida.

Possuímos imensas potencialidades mentais que podemos usar a força mental a fim de atingir os objetivos superiores da vida.

Sendo assim, indagamos o que queremos para nossa vida?

Se ficarmos alimentando pensamentos e desejos de ódio, vingança, desânimo e autodestruição, criamos em nossa mente forças propícias para o desencadeamento dos processos de todos os tipos de doenças físicas e psíquicas.

Por causa disso alimentemos a fé, a esperança e a confiança em Deus, pois os pensamentos elevados nos libertam do cativeiro da matéria e com isto sintonizamos com os mananciais de luz do nosso Criador que vela por todos nós através do Seu imenso amor.

Conforme disse: O Mestre Galileu:

"Ouvi e entendei: não é o que entra pela boca do homem que contamina o homem, mas o que sai de sua boca; isto sim, contamina o homem"

(Mateus 15.11)

"... Porque a boca fala do que lhe transborda o coração"

(Mateus 12.34)

Irmãos W. e Jorge Hessen

A fotografia mental de Louis Darget tirada no ano de 1896, acompanhado por suas legendas interpretativas. A esquerda um porta retrato de Beethoven e a direita o pensamento de uma águia.

Fontes: Revista Espírita Bezerra de Menezes (Ernesto Bozzano - Pensamento e Vontade) (Audiobook Grátis)

Fontes: The International Association for the Preservation of Spiritualist (Biblioteca Americana)

Fontes: KardecPedia (Biblioteca Livros Espíritas)

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Ernesto Bozzano - Pensamento e Vontade PDF

 

Ernesto Bozzano - Pensiero e volonta (1926) (Ital.)

 

Ernesto Bozzano - Pensée et Volonte (Fr)