ERNESTO BOZZANO

De um impressionante e recente caso de materialização

(materialização do espírito de RosAlia)

 

Lançamento original:

Ernesto Bozzano - Di un recente caso impressionante di “Materializzazione” (Rosalia)

Estratto la rivista La Ricerca Psichica

Casa Editrice Luce e Ombra

Via Monforte, 4

Milano – 1937
 

OBRA RARA TRADUZIDA

 

Tradução: Fabiana Rangel

Revisão da Tradução: Irmãos W. e Ery Lopes

Formatação: Alexandre R. Distefano

 

  Versão digitalizada
© 2022

Distribuição gratuita:

Portal Luz Espírita

Autores Espíritas Clássicos

Apresentação do tema:

Harry Price, o grande parapsicólogo inglês, tendo fundado no ano de 1925 o Laboratório Nacional de Pesquisa Psíquica, era apaixonado por ilusionismo desde a infância. Pôs-se a estudar fenômenos paranormais, com a precisa intenção, ao menos no início, de desmascarar os médiuns e descobrir os truques que, segundo ele, usavam para obter seus prodígios. Logo se convenceu que muitos dos fenômenos eram genuínos e, então, decidiu se dedicar completamente a estudá-los.

Pesquisador escrupuloso, agudo e rigorosíssimo, estudou os maiores médiuns da época: Willy e Rudi Schneider, Stella C., Garret etc.; e os fenômenos de assombração e poltergeist, como O Famoso Caso de Borley, investigado por Price por dezesseis anos e que durou cerca de um século.

O pesquisador investigou o famoso caso de materialização completa que o convenceu completamente quanto à realidade do fenômeno espírita e que ficou conhecido como o caso de Rosalia.

Esse caso foi estudado por Price em uma única sessão, em 13 de dezembro de 1937, e por ele definida como "a mais maravilhosa sessão de toda minha vida". Por volta do final de 1937, o estudioso teve uma conversa na Rádio de Londres sobre fenômenos de assombração e materialização.

Os Tradutores

O Caso da materialização do espírito de Rosalia:

Desse pesquisador, quero apresentar um famosíssimo caso de materialização completa, por ele investigado, que o convenceu completamente quanto à realidade do fenômeno e que ficou conhecido como o caso de Rosalia. Esse caso foi estudado por Price em uma única sessão, em 13 de dezembro de 1937, e por ele definida como "a mais maravilhosa sessão de toda minha vida". Por volta do final de 1937, o estudioso teve uma conversa na Rádio de Londres sobre fenômenos de assombração e materialização.

Alguns dias depois, chegou uma carta do casal "X" (Price se empenhava em não revelar nenhum nome), que ele desconhecia e que o convidava a assistir um fenômeno que acontecia na casa deles durante sessões privadas. H. Price, curioso, aceitou a proposta e, na noite de 13 de dezembro, foi à casa do casal "X", que o tinham convidado para almoçar. Somente então foi informado do que, efetivamente, se tratava: há oito anos se materializava regularmente na sua casa o fantasma de uma menina de 6 anos, Rosália, morta de difterite em 1921 e filha de uma francesa, amiga deles, madame "Z", que fazia as vezes de médium. Rosalia tinha começado a se manifestar em 1925, com voz direta: de noite, madame "Z" ouvia a voz da filha, que a chamava e a saudava.

Depois, fez com que se ouvisse o ruído de seus passos, como se caminhasse no quarto. E, por fim, a mãe pôde ver seu vulto e até estreitar sua mão entre as dela. Em 1928, madame "Z" confiou o fato ao casal "X", seus amigos, e eles lhe propuseram fazer uma experiência em sua casa. Na primavera de 1929, começaram as materializações completas, primeiramente sem iluminação e, depois, com uma leve iluminação obtida através de quatro painéis fosforescentes. Rosália chegou até a falar, dando breves respostas às perguntas que lhe eram feitas.

Tudo isso foi contado a Price durante o almoço, depois que todos, isto é, o experimentador, o casal e sua filha que então tinha 17 anos, passaram a uma sala onde esperavam madame Z e um jovem de uns vinte anos, que geralmente participava das sessões. Logo o experimentador começou a controlar o ambiente: selou portas e janelas com fitas adesivas sobre as quais punha sua assinatura; espalhou pó de amido no chão, de modo que ninguém pudesse entrar ou sair sem deixar sua pegada; olhou dentro dos móveis e a lareira; vasculhou caixas, perquiriu os presentes; enfim, afastou tudo que pudesse esconder um truque: cortinas, quadros, cestos e por aí vai.

A coifa da lareira foi fechada com um jornal coberto de pó de amido, sobre o qual Price traçou seu monograma; um grande sofá foi revolvido e inspecionado em todos os sentidos. Depois disso, ligou-se o rádio para ter música com a qual se sintonizaria o ambiente e os presentes: o quadrante do aparelho dava uma luz suficiente para permitir a Price ver o vulto de todos os presentes. Reportemos, nesse ponto, a narrativa do próprio experimentador:

Quando o relógio da sala bateu as dez horas, a Sra. Z. deu um grito de comoção e depois murmurou: - Rosália! Meu anjo! – A Sra. X se inclinou para mim, sussurrando em meu ouvido: - Rosália está presente. Não fale! – Naquele instante eu me dei conta de que havia alguém perto de mim... Então, à esquerda, no chão, ouviu-se um leve som de pezinhos que se moviam e me senti tocado levemente no dorso da mão esquerda, que eu tinha sobre o joelho. Era um toque suave de uma mãozinha levemente quente.

Depois de alguns minutos, a Sra. X. pergunta à mãe de Rosalia se eu poderia tocar a menina materializada. A permissão me foi concedida e eu estiquei cautamente o braço esquerdo, que para meu grande espanto entrou em contato com um corpinho de menina aparentemente nua e de proporções de uma criaturinha com menos de sete anos.

Passei lentamente a mão sobre seu tórax, chegando ao queixo e então à bochecha. Sua carne era aquecida, embora não tão quente quanto a carne de uma criatura viva. Coloquei o dorso da mão esquerda sobre sua bochecha direita: era uma carne suave e morna, enquanto observava distintamente a respiração da menina.

Levei novamente a mão ao tórax, observando distintamente o movimento da respiração... era um corpinho absolutamente normal de menina de cabelos longos e suaves que lhe desciam pelas costas... mistificação, talvez? Mas então mistificava também a mãe e isso era impensável.

Quanto à mãe, certamente não atuava em um palco. Enfim, fechei ambas as mãos da menina entre as minhas e voltando-me para o Sr. X, a sua filha e ao jovem, pedi que falassem, de modo que eu pudesse ter certeza de que estavam em seus lugares. E eles, então, o fizeram. Quanto a Sra. Z e a Sra. X, estavam ao meu lado e eu as podia tocar com as mãos.

A essa altura, perguntei a Sra. X se a Sra. Z poderia me conceder o uso dos painéis luminosos. Depois de breve discussão, houve a permissão e convencionou-se que a Sra. X, de uma parte, e eu, de outra, iluminaríamos o corpinho de Rosália, começando pelos pés para então chegar lentamente à cabeça.

Peguei o meu painel na mão e, ao virá-lo, uma luz fluorescente suave clareou os pés de Rosalia. Eram pés normais de uma menina de seis anos... era um corpinho perfeito. Quando nossa placa fluorescente chegou à cabeça da menina, revelou o vulto de um anjinho que teria feito orgulho a qualquer mãe...

Como um favor especial, perguntei se eu poderia fazer algumas questões e me foi concedido tentar... perguntei:

"Rosalia, qual é o lugar que te acolhe?" – Nenhuma resposta.

"O que você faz no lugar onde você se encontra?" – Nenhuma resposta.

"Você ainda brinca com outras crianças?" – Nenhuma resposta.

"Há gatinhos e passarinhos onde você está?" – Nenhuma resposta.

Então, perguntei: "Rosalia, você gosta da sua mãe?

De repente a expressão de seu vulto se iluminou e os lábios vibraram, sussurrando: "Sim! Sim!". Alguns minutos depois, Rosalia não estava mais. Não me dei conta de sua saída, mas, quando o relógio da sala batia as onze, a Sra. X. informou que a sessão estava finalizada".

Price escreveu esse relatório duas horas depois da sessão materialização para não esquecer nada. No final, examinou todos os controles impostos ao médium, sem encontrar nada suspeito ou fraude no caso da materialização do espírito de Rosalia demonstrando a veracidade dos fatos observados.

Em 1958, Lingwall e Hall sustentaram através de ideologias materialistas que o caso Rosalia era uma invenção de Harry Price e as acusações levianas dos dois pesquisadores materialistas são consideradas uma verdadeira difamação a imortalidade do espírito humano.

Harry Price

O parapsicólogo inglês renomado

o cético MATERIALISTA

O maior CONTESTADOR DA Fenomenologia ESPÍRITA

das décadas de 30/40

(1881 - 1948)

Em Palhoça, subúrbio de Florianópolis, vivia o notável médium-operador Antônio Melo. José de Nazaré, estando uma pessoa com sua maquina fotográfica e completamente vazia a sala de sessões, mandou que fosse, batida uma chapa. Todos os lugares estão tomados por Espíritos, vendo-se, ao lado, a luz que os trouxe.

Fontes: Revista Espírita Bezerra de Menezes (Ernesto Bozzano - De um impressionante e recente caso de materialização) (Audiobook Grátis)

Fontes: Harry Price Web Site (Dedicated to the life & Work of Harry Price)

Fontes: Projeto Allan Kardec (Coleção de Manuscritos de Allan Kardec)

"Eu escrevi o presente relato (que público sem qualquer alteração) duas horas depois de terminada a sessão. Eu quis ditá-la imediatamente para dar-lhe as mais vivas impressões que nela reporto. Relendo-o, aviso que ele não é justo com o milagre que eu assisti. E ainda, apesar de tudo, eu ainda estou perplexo e me pergunto se "Rosalia" era uma menina morta rediviva ou se, ao invés disso, eu fui vítima de uma mistificação.

Mas se assim o fosse, agora tais mistificações seriam desfeitas por anos, e nesse caso não poderia existir atriz mais hábil que a Sra. Z, ao simular uma emoção tão espontânea e comovente. E isso não é tudo, pois, se assim o fosse, surgem perguntas imperativas: "De onde vinha aquela menina de carne e osso? E para onde foi, no final?"Essas são questões que me darão muito a refletir.

De todo modo, concluo declarando que só no caso em que tivesse observado a materialização de Rosalia em meu próprio laboratório, só nesse caso não hesitarei em proclamar diante dos incrédulos que a grande questão da vida além da morte foi experimentalmente resolvida em sentido afirmativo. Não é improvável que um dia eu chegue a obter a repetição da histórica sessão em meu laboratório. Mas, por ora, a Sra. Z. está convencida de que sua filha, tão tímida na presença de estranhos, se assustaria".

Harry Price "O Grande Parapsicólogo Inglês"

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Allan Kardec - O Livro dos Médiuns (Obra de Allan Kardec - "O Livro dos Médiuns" - Segunda Parte - Das Manifestações Visuais - Cap. VI)

 

Ernesto Bozzano - De um impressionante e recente caso de materialização (Rosalia) (Obra rara traduzida)

 

Rivista Luce e Ombra (1902 - 1929)

 

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