JÉSUS GONÇALVES

O POETA DAS CHAGAS REDENTORAS

O GRANDE GUERREIRO DE CRISTO

(1902 - 1947)

 

Zaira Junqueira Pitt

a grande seareira do espiritismo

A DAMA DA CARIDADE

amiga de JÉSUS GONÇALVES

(1900 - 1973)

Biografia Resumida de Jésus Gonçalves:

Jésus Gonçalves, nascido em 12/07/1902 em Borebi-SP (próximo à Agudos), ficou órfão de mãe aos 3 anos e seu pai era uma humilde lavrador.

Aos 14 anos empregou-se como trabalhador braçal na Fazenda Boa Vista, de Ângelo Pinheiro Machado. Nesta época começou a aprender música e junto com outros companheiros animavam as quermesses e bailes com a "Bandinha de Borebi".

Aos 17 anos foi para Bauru, onde freqüentou o Colégio São José, mas não chegou ao menos a tirar o diploma do Ginásio.

Casou-se aos 20 anos com Theodomira de Oliveira, que era viúva e já tinha 2 filhas. Mesmo assim ainda tiveram mais 4 filhos. Nesta época empregava-se como Tesoureiro da Prefeitura.

Em 1930 sua esposa desencarna por causa de uma tuberculose. Apesar das enormes dificuldades em criar suas 6 crianças continuava a tocar e fazia parte da Banda da Prefeitura de Bauru como clarinetista.

Atuava também como Diretor e ator de teatro na cidade. Apesar de seu pouco estudo apreciava a poesia e prosa, colaborando ativamente nos jornais "Correio da Noroeste" e "Correio de Bauru".

Casou-se novamente, com Anita Vilela, vizinha que lhe ajudava a cuidar das crianças, mas, aos 27 anos foi acometido pela Hanseníase (Lepra). Anita era estudiosa da doutrina espírita e tentava, em vão, esclarecer a mente materialista do ateu Jésus.

Nestes tempos os doentes eram obrigados a abandonar seus empregos e viverem isolados da sociedade, trancados em suas casas ou então em leprosários. Como faria então para cuidar de sua esposa e das crianças? Aposentado prematuramente passa a viver em uma moradia cedida temporariamente pela Câmara Municipal. Apesar disso continua a escrever para o "Correio da Noroeste".

Seu compadre, João Martins Coube, cedeu-lhe o usufruto de um sítio, onde Jésus passou a cultivar melancias e outras frutas. Mas, em Agosto de 1933, o Serviço Sanitário recolhe-o, afastando-o do convívio de sua família, e internou-o no Asilo-Colônia Aymorés.

Por ter sido um homem resignado foi sempre líder, tolerante e calmo. Fundou o jornal interno "O Momento", a "Jazz Band de Aymorés" e a equipe de futebol. Por não receberem grupos artísticos no asilo, fundou também o grupo teatral interno.

Jésus sofria muito com problemas no fígado, buscava a transferência para o Hospital Padre Bento em Guarulhos. Mas suas cartas paravam nas mãos do Diretor do Sanatório Aymorés, que não queria perder seu mais ativo e dinâmico interno. Em 1937 conseguiu a transferência mas não conseguiu chegar até lá, as dores no fígado o obrigaram a parar em Itú, e ali ficou no Hospital de Pirapitinguí.

Fundou ali além da "Jazz Band", a Rádio Clube de Pirapitinguí (existente até hoje) e um jornal interno, o "Nosso Jornal".

Em 1943 Anita desencarnou, e no velório da mesma aconteceram diversos acontecimentos mediúnicos de clarividência de alguns colegas seus e finalmente Anita passou uma mensagem para ele de uma forma bastante íntima onde Jésus não teve dúvidas da veracidade das informações, um pequeno trecho: "Velho, não duvides mais, Deus existe!".

Por ser extremamente materialista buscou nos livros Espíritas as explicações para o contato.

A conversão de Jésus ocorreu de forma bastante convincente. Um dia, às voltas com suas dores no fígado, resolveu chamar aquele "Deus", e desafiou, tirando um pouco de água e colocando em um copo.

"- Se Deus existe mesmo, dou 5 minutos para que coloque nesta água um remédio que me alivie as dores que sinto". - E contou no relógio.

Quando bebeu a água sentiu que estava totalmente amarga. Chamou um companheiro que confirmou a alteração da água. E após 2 minutos nada mais sentia em dores.

Fundou em 1945, após muito estudo, o Centro espírita Pirapitinguí, com dificuldades conseguiu recursos junto às comunidades espíritas para a construção do Centro. Diversas caravanas Espíritas passaram a visitar o sanatório, levando alegria e conforto aos internos.

Passou então a atender as incorporações de familiares e desobsessões severas daqueles considerados "loucos", permitindo a estes que voltasses à vida normal.

Vinte dias antes de desencarnar, com a doença já tendo lhe consumido todo o corpo, e também as cordas vocais, foi à sessão espírita e para a surpresa das 300 pessoas presentes, os mentores da casa devolveram-lhe a voz e aí fez uma preleção de quase 2 horas de elevados ensinamentos evangélicos. Ao término da preleção Jésus simplesmente perdeu novamente a voz.

E sofreu muito nos últimos dias, o seu corpo estava completamente deformado pela doença, seu rosto transfigurado e seus órgãos começaram a parar, e lentamente desligou-se do corpo físico. Mas teve tempo de saber que o sofrimento é o caminho que nos leva à Cristo, e que pôde mudar a mentalidade daqueles que consideravam os doentes internos de asilos, sanatórios e leprosários apenas como animais fedorentos.

Contam alguns, que ele acentuou seu nome (Jésus) por que não se achava em condições de ter o nome de Jesus.

Eduardo Carvalho Monteiro - A Extraordinária Vida de Jésus

Biografia de Zaira Junqueira Pitt:

Zaira Junqueira Pitt, filha de Modesto Antonio Pereira e Zaira Junqueira, nasceu em Rio Claro, SP, às 17 horas do dia 25 de dezembro de 1900. Foram seus avós paternos João Antonio Pereira e Maria Engracia Pereira e avós maternos, Francisco Ramiro de Assis Junqueira e Amélia Pimentel de Oliveira.

Neide Pereira Porta nos faz relato de uma história muito singular e comovente envolvendo os pais de Zaira - Major Modesto e dona Zaira Junqueira:

“O Major Modesto era cafeicultor próspero que tinha um crédito a receber de Francisco Ramiro de Assis Junqueira, que também vivia da atividade rural. Certo dia, Modesto bate à porta da família de Ramiro, que já havia falecido, para a cobrança.

Um dos filhos de Ramiro, irmão de Zaira Junqueira (também chamado Ramiro), diz que a dívida havia ficado muito grande e que não teria meios de saldá-la. Modesto, um viúvo de 57 anos, disposto a não perder a viagem, foi direto ao assunto: ‘- se você não tem dinheiro para me pagar, me dê sua irmã em casamento’.

Depois de muita conversa, a proposta foi levada em conta e apresentadas ao candidato a noivo as irmãs mais velhas. Modesto foi taxativo: ‘- eu quero aquela que abriu a porteira quando cheguei’. Assim, a jovem de cerca de 20 anos, Zaira Junqueira, com sua beleza singular, passaria a ser esposa do Major Modesto Antonio Pereira”.

O casal foi residir na Fazenda Bela Vista, na região de Rio Claro, SP, e teve por filhos: Amélia Zaira, já mencionada e personagem central desta biografia; Francisco (1902); Guiomar (1904); Alzira (1906); Alfen (1910); e Modesto (1911).

Major Modesto e família retiravam o sustento da terra, na lavoura de café, atividade que possibilitou vida confortável, até o momento em que as crises da cafeicultura os levassem à bancarrota. Com a redução significativa de suas posses financeiras, permanecem os genitores no interior, enquanto os filhos buscam novas perspectivas de vida na capital de São Paulo.

Zaira, a mais velha, que tivera uma boa formação no curso primário do Colégio de Freiras em Piracicaba e vivera na fartura, encarou vida dura numa pensão que montou na Av. São Luís, atividade exaustiva que tocava sozinha, abrigando e cuidando dos irmãos e acolhendo hóspedes, muitos deles, conhecidos, que vinham da região onde residira no interior.

Com os casamentos das irmãs que deixaram de residir na pensão, Zaira resolveu fechar o estabelecimento e contraiu núpcias com o baiano de origem inglesa Oswaldo Ildefonso Pitt, um negociante que chegara a morar na pensão da namorada. Casada, aos 24 de abril de 1930, passa a assinar Amélia Zaira Junqueira Pitt.

Zaira e Oswaldo tiveram por filha Idalina Célia Junqueira Pitt, mãe de Alberto, Sandra, Mônica e Ane Carolina.

O casal Pitt sempre residiu nas imediações da Praça Marechal Deodoro, em São Paulo, inicialmente na Rua Pirineus, número 50, e, posteriormente, na Avenida Angélica, na rua Baronesa de Itu e, finalmente, na Av. São João, 2091, 7º andar (defronte ao Castelinho da rua Apa), onde Zaira desencarnou aos 25 de julho de 1973. Seu corpo foi velado na Paróquia Santa Cecília e sepultado no Cemitério São Paulo, no túmulo 142, da quadra 28.

Jésus Gonçalves e Zaira Junqueira Pitt:

Quando relemos alguns livros que versam sobre a vida e a obra de Jésus Gonçalves, objetivando prestar homenagem ao grande poeta das chagas redentoras, que conviveu por cerca de 17 anos com a hanseníase (lepra), sendo quase 15 deles internado em sanatórios destinados aos portadores desta doença, nos deparamos com a presença de duas criaturas memoráveis que fizeram parte da convivência de Jésus, pelas visitações que faziam aos enfermos de Pirapitingui: Zaira Junqueira Pitt e Julinha Kohleisen. Ambas, seareiras do bem, aparecem juntas em algumas fotos da época ao lado de Jésus Gonçalves, publicadas nos livros a que nos referimos, sugerindo que fossem amigas próximas.

As informações contidas nos livros, em outros escritos e, especialmente, aquelas expendidas pelo conferencista e médium Divaldo Pereira Franco em várias oportunidades atestam que Zaira e Julinha eram, sim, amigas que, juntas, trabalhavam pelos necessitados em geral e, de forma muito especial, pelos internos do Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes, conhecido como colônia-asilo de Pirapitingui, ou simplesmente “Pira”, um dos maiores leprosários do Brasil, construído em 1931, oficializado em 1933 e inaugurado no ano de 1937.

A partir dessas observações, sentimos uma vontade imensa de mergulhar na vida dessas duas criaturas, que, ainda jovens, numa época em que o preconceito era implacável para com os infelizes que conviviam com as chagas provocadas pela insidiosa moléstia, à época denominada lepra, um passaporte de ida, sem perspectiva de volta, aos estabelecimentos que serviam de masmorras aos infelizes. Isolados, viviam privados do convívio social e da família, enfrentando a mais cruel solidão.

O próprio Jésus Gonçalves, antes de conhecer o Espiritismo, era muito revoltado, conforme nos disse a sua própria filha Jandyra que ainda vive na cidade de Bauru, SP. Não conseguia entender como, de jovem e bonito, funcionário público bem encaminhado, casado e pai de filhos, muito bem relacionado na “Capital da Terra Branca”, de repente, é colhido pela notícia de que era portador de lepra. Isso se deu no ano de 1930.

Três anos depois, aos 16 de agosto de 1933, quando vivia com a família na zona rural em propriedade cedida pelo amigo João Martins Coube, a viatura do Sanatório de Aymorés o busca para internamento e retira-o do convívio da família. A partir de então, vive no confinamento de Aymorés e, depois, em Pirapitingui, até o fim da vida física, ocorrido aos 16 de fevereiro de 1947.

Continuar Lendo a Biografia Completa de Zaira Junqueira Pitt - Blog do Ismael

Nota – Todos os documentos, reportagens, entrevistas, comentários, pertencem A Editora Espírita Correio Fraterno do ABC que não possui fins lucrativos; seus diretores não percebem qualquer remuneração. Todos os resultados financeiros se destinam à divulgação do Espiritismo codificado por Allan Kardec e às obras de assistência à criança, em colaboração com o Lar da Criança Emmanuel.

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Fontes: Canal Espírita Jorge Hessen (Estudo realizado no CEOE Responsável pelo estudo: Ubirajara Oliveira)

Fontes: O Sanatório Aimorés (A História de Jésus Gonçalves)

Fontes: Blog do Ismael (Traços Biográficos de Zaira Junqueira Pitt)

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Biografia Completa de Jésus Gonçalves

 

Eduardo Carvalho Monteiro - A Extraordinária Vida de Jésus Gonçalves

 

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