Paul Bodier

PAUL BODIER

PRESIDENTE Société Française d'Etudes des Phénomènes Psychiques

Membro do Comitê Fédération Spirite Internationale

MEMBRO DO COMITÊ DIRETOR L' UNION SPIRITE FRANÇAISE

COLABORADORES DA REVUE SPIRITE

O BIOGRAFO DE GABRIEL DELANNE

(1874 - 1946)

Biografia de Paul Bodier:

Paul Bodier, jornalista e escritor espírita, nasceu em 08 de novembro de 1874, em Tours, França.

Ardoroso defensor do Espiritismo, não mediu esforços, como espírita de primeira ordem para demonstrar a validade dos ensinos imortais que foram codificados por Allan Kardec.

Autor de vários livros, nas quais descrevem cuidadosamente a moral do espiritismo ou os fenômenos espíritas que ele estudou com Gabriel Delanne.

Em julho de 1913, Paul Bodier juntamente com um grupo de espíritas que tinham um gramde papel de relevâncias dentro do Movimento Espírita de sua época, nas quais podemos citar: Gabriel Delanne, Léon Chevreuil, Paul Pulvis Algol, Dr. Dupouy e muitos outros, que eram membros do comitê de leitura da Revue Spírite, recriaram a Société de Études Spirites la Société Scientifique nos moldes da antiga Sociedade Parisiense de Estudos Espírita e o local provisório era no grupo Crouzet, na rue Notre Dame des Champs 111 em Paris. Esta grande iniciativa destes espíritas acabaram se tornando um embrião da fundação em 1921, da União Espírita Francesa que foi refundada por Jean Meyer.

Colaborador incansável da Revue Spirite que estava sobre a direção Paul Leymarie (1867 - 1955), foi um compilador das "Correspondências Póstumas de Allan Kardec" abrangendo o período de 1854 a 1869. Aonde escritores, pensadores, políticos, eclesiásticos, sábios, homens de todas as condições e de todos os países que se corresponderam com o mestre Lyon.

Paul Bodier relata na Revue Spirite:

"A reunião de todas essas cartas, classificadas cronologicamente, será suscetível de formar muitos volumes; mas,antes dessa exibição definitiva, achamos que devíamos dar importantes extratos, persuadidos de antemão de que serão favoravelmente acolhidos pelos admiradores do mestre."

Os extratos das cartas de Allan Kardec foram publicados nas Revue Spirite entre os anos de 1913 a 1920. E que foram traduzidos e republicados na Revista Reformador sobre os auspícios da Federação Espírita Brasileira.

Foi presidente da Sociedade Francesa de Estudos Psíquicos, que foi fundada por Gabriel Delanne, em 1899, na qual gerou uma escola de espíritas de primeira ordem na busca da comprovação da imortalidade da alma humana. Aonde teve papel de grande relevância nas décadas de 30 e 40.

Biografo do escritor espírita Gabriel Delanne juntamente com Henri Regnault. Catalogou dezenas de documentos pessoais que foram expostos em Paris, e que foram lançados na obra "Gabriel Delanne Sua Vida, Seu Apostolado e Sua Obra", que foi publicado em 1937.

Participou ativamente de diversos órgãos de divulgação do Espiritismo de sua época, que estavam sobre a direção de Jean Meyer; membro do comitê diretor da I'Union Spirite Française, comissão da gestão Maison des spirites que estava localizado no número 8 da rue Copernic em Paris e participou na Fédération Spirite Internationale (F.S.I.).

Ele é o autor de vários livros: Como Desenvolver a Mediunidade, Estudo Documental sobre o livro "Espírito Consolador ou Nossos Destinos", P.V. Marchal, a Vida e a Morte, L'apôtre, Sous Les Cendres Du Passé.

Paul Bodier desencarnou em Boleville, Normandia em 02 de maio de 1946.

A Cerimônia no Dólmen de Allan Kardec

Tradutor: César Sátiro dos Santos

Como nos anos anteriores, a comemoração da desencarnação do Mestre atraiu um grande público em torno do dólmen do grande apóstolo do espiritualismo moderno, no cemitério Père Lachaise.

A cerimônia decorreu de acordo com o rito habitual e os discursos foram ouvidos por um grande público contrito.

Em nome da Union Spirite Française e suas subsidiárias, da “Fédération Spirite Internationale”, de vários grupos parisienses recém-formados, da Société d'Etudes Psychiques Internationale do Cairo (Egito), Sr. Paul Bodier, Presidente da Sociedade Francesa para o Estudo dos Fenômenos Psíquicos abriu a série de discursos.

O Sr. Regnault, Vice-Presidente, em uma improvisação soberba engrandeceu o trabalho do Mestre Allan Kardec.

Em termos perfeitos, ele lembrou a necessidade de os espiritualistas estudarem incansavelmente a filosofia kardecista para poderem, até mesmo trazer, na experimentação, aquele bom senso científico que fez o sucesso de Allan Kardec e seus sucessores, Gabriel Delanne e Léon Denis.

Depois do Sr. Henri Regnault, o Sr. Lemoyne também Vice-Presidente da Sociedade, em um discurso habilmente ordenado e admiravelmente preciso, mostrou a importância capital do movimento espírita científico.

Os senhores Regnault e Lemoyne então falaram algumas palavras na Tumba de Gabriel Delanne, tão próxima da do mestre. De maneira muito eloquente, ambos exaltaram de maneira adequada o trabalho científico do admirável discípulo kardecista que foi Gabriel Delanne.

Um concerto, realizado na sede da Sociedade Francesa para o Estudo dos Fenômenos Psíquicos, encerrou a noite.

Diversas sociedades dos departamentos também estiveram representadas na solenidade.

Discurso de Paul Bodier

Senhoras e senhores,

O desenvolvimento do espiritualismo moderno é um acontecimento cuja importância cresce a cada ano e as consequências sociais parecem incalculáveis.

A cerimônia comemorativa da desencarnação de Allan Kardec lembra que, em determinados momentos, surgem iniciadores que parecem destinados a cumprir na Terra missões benéficas para transmitir ao Mundo correntes de ideias susceptíveis de arrancar a humanidade do seu torpor. Através deles e graças a eles, verdades esquecidas nas brumas do tempo emergem das sombras, outras parecem retiradas das profundezas insondáveis onde estão todas as reservas divinas de forças ocultas prontas para se manifestar em formas novas e inesperadas. É como um florescer maravilhoso e renovador oferecido às almas sofredoras e inquietas.

O surgimento e a difusão do Espiritismo moderno se deve à iniciativa beneficente de Allan Kardec; convém, portanto, lembrar a todos os espíritas de todo o mundo a glória do filósofo, do renovador que soube iluminar as crenças dos sábios, dos antigos iniciados fazendo-os reaparecer, assim como a fé dos primeiros cristão, sob formas mais poderosas, para preparar a nova etapa da humanidade na sua marcha ascendente para a Verdade.

Há 62 anos, nesta vasta necrópole onde se encontram os túmulos de tantos mortos ilustres, os fiéis espíritas vêm prestar uma justa homenagem a Allan Kardec e proclamar, com admiração, a força e a grandeza da filosofia espírita.

E temos o dever de afirmar, mais do que nunca, que esta filosofia será o triunfo do progresso moral, na paz beneficente, porque está intimamente ligada ao ensinamento de todos os Messias que vieram, em diferentes épocas da humanidade terrestre, para trazer as doutrinas de amor, piedade, misericórdia e fraternidade.

Em nossos tempos turbulentos e conturbados, forjados necessariamente pelas forças das trevas e do mal, não há evento mais digno da atenção e meditação dos pensadores e de todos os que amam a Verdade.

Fato notável, a filosofia kardecista busca, antes de tudo, criar uma obra de reconstituição e síntese. Parece nascer para libertar da confusão de textos e fatos o pensamento central que deve nos dar o conhecimento exato de nossa verdadeira natureza e nos revelar a teia maravilhosa de nossos destinos.

Em nome de L'Union Spirite Française, em nome de todas as suas subsidiárias, em nome da “Federação Espírita Internacional ”, trazemos a Allan Kardec a sincera homenagem de nossa admiração e nosso agradecimento.

Pois a morte é muito pouco se entendermos simplesmente por esta palavra a dissolução de um organismo, mas se virmos nela, como Allan Kardec viu, a revelação do mistério do espírito, parece tão grande e tão maravilhoso que basta para conduzir os seres humanos às alturas da felicidade eterna.

O Espiritismo Kardecista bem compreendido e cientificamente definido é uma ponte sólida e segura lançada sobre abismos que pareciam intransponíveis; é, acima da imensa e confusa Babel terrestre, a aurora radiante que finalmente se levanta para iluminar a noite terrível onde durante séculos e séculos as almas humanas se debateram assaltadas pela dúvida, pelo erro; o mal com dor e a morte incompreendidas, inimigos implacáveis que serão, no entanto, vencidos pouco a pouco pela Luz vitoriosa e de mais em mais brilhante, diante da qual eles deverão se apagar para sempre, pois que ela traz em seus raios poderosos a verdade benfazeja e divina, fonte pura e eterna da verdadeira vida, assim que da felicidade e do saber reais.

Paul Bodier

Revista Espírita de maio de 1931

Artigos da Revista Espírita:

Tradutor: César Sátiro dos Santos

No dia 12 de dezembro, o valoroso espírita que é nosso eminente amigo, o Sr. Paul Bodier, viu a libertação daquela que foi a companheira de sua vida, Madame Francine-Paul Bodier. Se a hora da separação era esperada há alguns dias, a dor não foi menor. Por isso, nos associamos sinceramente ao luto do ex-presidente da Sociedade Francesa para o Estudo dos Fenômenos Psíquicos de Paris, convencido de que somente suas elevadas convicções sobre a sobrevivência da alma poderão amenizar esta provação a que nossa pobre condição humana nos torna, infelizmente, tão sensíveis.

Madame Francine-Paul Bodier era a digna companheira de seu marido, ela o deixa muito cedo, pois para ele sua obra resta a ser continuada. Filósofo de pensamento claro e simples, o Sr. Paul Bodier é realmente um dos autores franceses que mais honra o espiritualismo e que o serve com todo o vigor, toda a generosidade de um coração que nosso nobre ideal fez pulsar desde há muitos anos.

À alma imortal de Madame Paul Bodier, dirigimos nossos pensamentos fraternos e asseguramos ao Sr. Paul Bodier nossa fiel simpatia. Que o nosso encorajamento fortaleça ainda mais a sua força moral, que sabemos ser muito grande, para que possa cumprir plenamente aqui abaixo a missão que se impôs para o bem de todos.

União Espírita Francesa

Revista Espírita de dezembro de 1934

Artigos da Revista Espírita:

RESSURREIÇÃO

Tradutor: César Sátiro dos Santos

Entre aqueles dos nossos que nos deixaram e de que mais sentimos saudades, Paul Bodier, autor espírita bem conhecido, amigo sincero, que foi por longos anos unidos a nós pelos laços da alma e do coração, figura com destaque.

Libertado deste mundo em 2 de maio de 1946, Paul Bodier fez questão de escrever e confiar-nos, a partir de setembro de 1943, este artigo trazendo as boas novas do renascimento de "REVISTA ESPÍRITA". Nossos leitores vão lê-lo com tanto mais interesse porque por meio deste artigo, eles ainda vão coletar o ensinamento de um dos mais fervorosos propagadores do espiritualismo contemporâneo.

Hubert Forestier

Mas sim! Ressurreição do Pensamento e a verdadeira Vida do Espírito! Destacando os poderes tão maravilhosos quanto prodigiosos do ser humano, sobre tudo que é feio, escuro, gelado, sinistro!...

Porque, durante anos, todos vivemos na tristeza, na dor e no desespero de sermos escravizados por forças impuras.

O terrível pesadelo acabou; uma clareza acabou emergindo da Sombra, do Mal, da Morte, e essa clareza, vitoriosa e resplandecente, perseguiu diante Dela a escuridão que, por um momento, ameaçava cobrir tudo com seu espesso véu negro.

Depois de anos de silêncio e luto, a revista espírita, fundada pelo Mestre Allan Kardec, reaparece em plena luz do dia para divulgar a boa palavra e dar um novo e glorioso desenvolvimento à doutrina dos bons e grandes Espíritos.

Todos aqueles que guardaram em si, no fundo do coração, o pensamento magnífico dos venerados Mestres, nunca duvidaram, não puderam duvidar do triunfo e das forças puras e fraternas sobre a brutalidade e a barbárie, com a possibilidade para os homens, finalmente se tornarem livres, para pensar segundo o seu coração e para o triunfo das ideias saudáveis e generosas.

Tiveram a certeza de poder afirmar ainda melhor o benefício das maravilhosas teorias desenvolvidas aos poucos por aqueles que, já há muito, se tornaram os desinteressados e ativos campeões da grande e sublime filosofia kardecista, capazes de regenerar os homens, sem distinção de raça, e para trazer-lhes, ao mesmo tempo, uma liberdade espiritual de essência verdadeiramente divina.

Ressurreição! Ressurreição que, como a de Cristo, o grande Senhor do nosso humilde planeta, terá para este consequências benéficas e inesperadas para a difusão rápida e constante das principais ideias que já facilitaram, no passado, o desabrochar de uma verdadeira Fé iluminada, inseparável da lógica e do bom senso, e que, cada vez mais, apoiará a Ciência humana para lhe dar a oportunidade de mostrar facilmente verdades cada vez maiores.

Ressurreição de ideias nobres; Ressurreição de um pensamento regenerado, compreensível para todos e, surpreendente tanto quanto admirável, sempre em perfeita sintonia com a evolução científica.

Com a publicação regular de a revista espírita, todos os escritores espiritualistas e ocultistas poderão trazer-nos o fruto do seu trabalho, do seu pensamento e, digamos melhor, das suas certezas.

Léon Denis, o continuador da obra de Allan Kardec, profetizou isso em um de seus belos livros:

Em todos os tempos, as comunicações sutis dos espíritos com os mortais enriqueceram a arte e a literatura.

Certamente, não chamamos de literários aqueles alinhadores de frases que nunca sentiram o sopro da outra vida. Os escritores nos quais descem os aromas superiores podem ser contados. É preciso predisposições já antigas, um lento trabalho de assimilação para que a força desconhecida possa atuar na alma do pensador. Mas, para aqueles que preenchem essas condições, a inspiração corre como uma inundação. O pensamento surge, original ou poderoso, e a influência que exerce é soberana.

Temos a alegria pura e absoluta de acreditar que à revista espírita nunca faltará eruditos e valentes colaboradores, e também esperamos sinceramente que seja o mesmo para todas as publicações que seguem seus passos, incluindo a missão de divulgar, não só na França, mas no mundo terrestre, a filosofia kardecista, porque, em mil formas, o Invisível penetra no sensível e se impõe para que possam seguir, com facilidade, o nobre caminho traçado por seus poderosos anciãos, voltaram a outra vida.

É por isso que proclamamos nossa alegria, nossas esperanças, nossa fé fervorosa, e porque a obra de Allan Kardec e os seus grandes discípulos: Léon Denis, Gabriel Delanne, Léon Chevreuil, terá continuidade, que as grandes vontades construtivas como a de Jean Meyer; assim como a ciência de Camille Flammarion, a lógica do Doutor Geley, o talento de Victor Hugo, de Victorien Sardou, a presciência de um Balzac, de um George Sand e o esforço de tantos outros nunca nos faltarão.

Leitores, nossos amigos e nossos irmãos, não é a nossa alegre Fé também a vossa, pois agora sabem que a nova publicação da Revista Espírita, como todas as publicações semelhantes, é o prelúdio para um novo e brilhante desenvolvimento da Doutrina Kardecista com a promessa de ter sempre guias esclarecidos e prudentes à sua disposição?

É mais que uma Ressurreição, é uma esperança esplêndida que se levanta para anunciar a era gloriosa e luminosa de uma renovação magnífica e da descoberta das leis naturais que brilharão, no angustiado, conturbado, sangrento mundo terrestre, gemendo e desmoralizado um amanhecer de clareza benéfica na alegria e no amor fraterno de todos os verdadeiros crentes que se curvam diante da grande majestade dos Messias que vêm encarnar para iluminar a humanidade terrena e mostrar-lhes a verdadeira Ciência, a verdadeira Fé e a Luz Divina.

Paul Bodier

Revista Espírita de Novembro de 1947

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Certidão de Nascimento Paul Bodier (08-11-1874 em Tours, França)

Em resumo:: No ano de 1874, 9 de novembro, à duas horas do (ilegível)...(diante do representante do prefeito de Tours): Claude Anbroise Bodier, de (x8) anos (?), empregado da estação ferroviária, morador de Tours (xxx) Saint Etienne número 49, nos apresentou uma criança do sexo masculino, nascido ontem as três horas do (xxx) (8 de novembro de 1874) em seu domicílio, de (xxx), declarante de Marie Louise Chapine, sua esposa, de 21 um anos (casados em Tours), cuja criança deram o prenome de Paul Claude Ambroise. (pressupõem-se aqui que o nome de família ou sobrenome é Bodier)

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Certidão de Casamento de Paul Bodier com Françoise Bourachot - Realizado em 19/11/1907

Paris Archives - PÁG. 02

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Lista nominativa do ano de 1936 dos habitantes do município de Bolleville, França

No censo de 1936, aonde consta a data de nascimento (1874) e o local de nascimento de Paul Bodier (Tours) e a sua profissão (Homem das Letras)

Archives Départementales - Liste nominative des habitants de la commune 1936, Bolleville / France

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Carta de Paul Bodier - Conferências Espíritas realizadas na França - 10/1931

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Votação da Presidência da União Espírita Francesa - 12/02/1940

Em resumo: Ele fala aqui: Você me diz que, segundo sua proposição, o comitê, por unanimidade elegeu Leon Chevreuil como presidente. Você não ignora que, para que uma decisão seja válida é preciso, numa votação deste gênero, reunir a metade, mais um voto, dos membros...

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Desencarnação de Augustin Marty - União Espírita Francesa - 08/11/1940

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Carta de Paul Bodier - Pede noticias de um amigo (amigos) durante a 02 guerra mundial - 05/07/1941

Projeto Allan Kardec - Acervo Forestier

Carta de Paul Bodier - União Espírita Francesa - Dissertação filosófica

O Título diz: As migrações dos seres criados, no infinito dos universos. Dissertação filosófica sobre a perpetuidade da vida e suas modalidades temporais na eterna gravitação dos mundos do espaço.

Correspondências Póstumas de Allan Kardec

Republicados na Revista Reformador Revista Reformador (FEB) (1914 - 1920)

Fontes: Canal Bruno Tavares (O Acervo Forestier - Charles kempf)

Fontes: l'Encyclopédie Spirite (Revue Spirite - 1858 / 1959)

Fontes: Projeto Allan Kardec (Coleção de Manuscritos de Allan Kardec)

A VERDADEIRA RELIGIÃO

A fé serena profunda que faz corações bons e valorosos, além de faze-los ditosos, é o que falta á nossa geração árida e inquieta.

A Religião em sua essência é o encontro de dois amores: o amor de Deus que procura o homem e o amor do homem que busca a Deus, que o responde. Não é a arte de colocar-se mais ou menos em condições de evitar o inferno, supondo que este existe...

A verdade religiosa, como toda a verdade, é o resultado do trabalho e do estudo.

A verdade, disse Stuart Mill, não se levanta como o Sol, por seu próprio movimento e sem esforço humano, não basta espera! para percebe-la.

Henrique Brun, estudando os efeitos da fé, assim conclui: Quando a virtude e a felicidade entram em uma alma humilde sob os auspícios da fé, não são hospedes de passagem. Se comprazem na morada e permanecem. O mal pode bater á porta: a Virtude não abre. O infortúnio pode cair sobre a casa: a Felicidade não sucumbe!

Paul Bodier

Não. O ataúde não é, homem, isso que tu crês.
A morte, sob o teto dos túmulos negros e frios,
E a misteriosa e luminosa oferenda.
Não é somente para a alma que ela é grande,
Mas para a carne, peso vil sobre a terra estendida;
O túmulo, astro central, para o qual tudo volta,
Lançando um raio duplo à dupla fronteira,
Transfigura o espírito, transforma a matéria,
A Morte que é para ti um espectro monstruoso,
Captura o ser e o contorce entre seus dedos nodosos,
E, como uma lavadeira ajoelhada no rio,
Alvejou os ossos, os corpos, a carne do espírito viúvo,
O trapo animal e o farrapo humano
Em um escoamento de luz sem fim.
É no esplendor que tudo se decompõe,
A morte é a unidade que retoma todas as coisas.

Oh! Crer, é a recompensa
Do pensamento amoroso, qualquer que seja ele;
É confiando que se pensa
E é esperando que se vê
Cante, ó meu coração, o eterno salmo
Deus vivo, na noite do átomo,
Se eu alcanço, muito longe do dia,
Para compreender, meu grão de areia,
Tua imensidão formidável
É crendo em seu amor!...

Vitor Hugo "O Poeta Francês"

RELAÇÕES DE OBRAS PARA DOWNLOAD

Biografia de Paul Bodier