JOURNAL DU SPIRITISME

La Voix d'outre Tombe

 

DIRECTEUR-GÉRANT - Auguste bez

(JUILLET 1864 À MAI 1865)

 

BUREAUX: 9, RUE DU PALAIS DE L'OMBRIÈRE

BORDEAUX - FRANCe

Apresentação:

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

A Voz de Além-Túmulo

 

Jornal do Espiritismo, publicado em Bordeaux,

 sob a direção do Sr. AugUSTE Bez

 

Eis a quarta publicação periódica espírita que aparece em Bordeaux, e que temos a satisfação de incluir nas reflexões que fizemos em nosso último número, sobre as publicações do mesmo gênero. De longa data conhecemos o Sr. Bez como um dos firmes sustentáculos da causa. Sua bandeira é a mesma que a nossa e temos fé em sua prudência e moderação. É, pois, mais um órgão que vem somar sua voz às que defendem os verdadeiros princípios da doutrina. Que seja bem-vindo!

Allan Kardec

Revista Espírita de Setembro de 1864

Apresentação do Jornal Espírita:

A TODO MUNDO

Produzido pela filosofia destrutiva do século XVIII, o materialismo toma diariamente proporções assustadoras. Já envolveu, vergonhosamente, a humanidade. A fé, pouco a pouco, desaparece do fundo dos corações; e o homem, persuadido de que tudo acaba com a vida terrestre, se lança, sem remorsos, nos braços do egoísmo, alavanca demolidora de toda a sociedade.

A Divina Providência deveria deixar os homens se curvarem sobre si mesmos, esmagados pelo peso da incredulidade? A humanidade deveria arruinar-se? Não.

No justo momento em que o materialismo, altamente professado por diversos sábios, tinha estabelecido, por toda parte, uma imensa construção de teorias e sistemas, uma voz ressoa, possante, irresistível, que, por uma única palavra: Eu existo, reverteu o cálculo dos sábios e lhes provou que tudo era futilidade, futilidade das futilidades e tormento dos espíritos.

Esta voz é a voz dos mortos que, transpondo o túmulo, se dirige a cada um de nós e a todos, e vem estabelecer de maneira irrefutável a existência e a imortalidade da alma, este ser invisível que pensa e nos comanda, este ser invisível que é o verdadeiro eu de cada individualidade e que, sozinho, continua sua carreira, quando da morte, quebrando o delicado envoltório que o recobria momentaneamente, desfazendo os laços que o prendiam, lança-se radioso em direção à sua bela pátria: A Imensidão.

O jornal da Voix d’outre-tombe [A voz de além-túmulo] tem por objetivo estudar os discursos e ensinos dos mortos; esforçando-se para difundi-los e popularizá-los. Com mão firme e corajosa, ele cortará o imenso conjunto de mentiras friamente calculadas e grosseiras, erros com que os inimigos do espiritismo rodearam, como lúgubre cadáver, a sublime doutrina que os Espíritos livres ditaram aos Espíritos encarnados que se chamam: os homens. Ele recusará, sem piedade, tudo que a utopia, os sistemas preconcebidos, a hipocrisia, a maldade e o orgulho se esforçam a lhe atribuir, e se esforçará para fazer brilhar, aos olhos de todos, as inefáveis belezas desta filosofia consoladora que escreveu em sua bandeira este nobre lema:

“Fora da caridade não há salvação; fora da caridade, não há verdadeiro espírita”.

Penetrado do espírito deste admirável lema, o jornal La voix d’outre-tombe, nas suas polêmicas, bem como nos seus artigos de fundo e suas palestras espíritas, fará todo esforço para jamais atacar as pessoas. Discutindo princípios, ele respeitará sempre os homens que os sustentam ou os representam, pois, se é verdade que cada um é responsável por suas faltas, também é verdade que cada um, desfrutando do exercício de seu livre-arbítrio, tem o direito de usá-lo à sua maneira, evidentemente prestando conta ao Juiz Soberano pelo emprego das faculdades que lhe foram confiadas.

O livro dos espíritos, O livro dos médiuns e O Evangelho segundo o espiritismo, estes 3 volumes, ditados pelos Espíritos e coordenados, conforme ordem e influência do plano espiritual, pelo nosso mestre Allan Kardec, formam a frente inesgotável onde buscaremos as forças que porventura poderão nos faltar. Eles também representam o código sagrado do qual não procuraremos nos afastar, mas que nos dedicaremos a comentar e a desenvolver, objetivando torná-lo perfeitamente compreensível às massas populares, às quais nos dirigimos, principalmente às massas operárias, para as quais o baixo preço do jornal La voix d’outre- tombe permitirá a leitura.

Alguns bondosos colaboradores nos ofereceram o apoio de suas experiências e o concurso de suas penas tão inteligentes como devotadas à doutrina. Nós aceitamos reconhecidos, e esperamos que novos atletas venham se juntar a eles para entrar na arena e, corajosamente, aí combater o bom combate do livre pensar.

Quanto a nós, pedimos a Deus e aos bons espíritos que desejam nos assistir para nos manter na realização de nossa tarefa, e de permitir que o jornal La voix d’outre-tombe faça escutar palavras de paz, de esperança e de amor às almas abatidas e desanimadas, e as reanime pelo fogo sagrado da imortalidade.

Está ai o nosso único desejo; está aí a nossa única ambição.

Auguste Bez - Diretor-Gerente

Journal du Spiritisme - Voix d’outre-tombe

Paris, 31 de julho de 1864

Notas Bibliográficas:

Os milagres de nossos dias

Por Aug. Bez

Sob esse título, o Sr. Aug. Bez, de Bordeaux, acaba de publicar o relato das manifestações de Jean Hillaire, notável médium cujas faculdades lembram, sob muitos aspectos, as do Sr. Home, e até as ultrapassam em certos aspectos.

O Sr. Home é um homem do mundo, de maneiras suaves e cheias de urbanidade, e só se revelou à mais alta aristocracia. Jean Hillaire é um simples agricultor da Charente-Inférieure, pouco letrado e que vive de seu trabalho. Suas maiores viagens, ao que parece, foram de Sonnac, sua aldeia, a Saint-Jean-d’Angély e a Bordeaux. Mas Deus, na repartição de seus dons, não leva em conta as posições sociais; ele quer que a luz se faça em todos os níveis da escala, e por isso tanto os concede ao menor como ao maior.

A crítica e a odiosa calúnia não pouparam o Sr. Home. Sem consideração às altas personagens que o honraram com sua estima, que o receberam e ainda o recebem em sua intimidade, a título de comensal e amigo, a incredulidade trocista, que nada respeita, se pôs a escarnecê-lo, a apresentá-lo como um vil charlatão, um hábil trapaceiro, numa palavra, como um refinado saltimbanco. Ela não se deteve nem mesmo ante a ideia de que tais ataques atingiam a honorabilidade das mais respeitáveis pessoas, por isso mesmo acusadas de compadrio com um suposto criador de ilusões.

Dissemos a seu respeito que basta tê-lo visto para julgar que ele seria o mais atabalhoado charlatão, porque ele não tem nem as atitudes chocantes nem a loquacidade dos charlatães, características que não se coadunariam com sua timidez habitual. Aliás, quem poderia dizer que ele alguma vez tivesse fixado preço às suas manifestações? O motivo que há pouco tempo o conduzia a Roma, de onde foi expulso, para ali aperfeiçoar-se em escultura e desta fazer profissão, é o mais formal desmentido aos seus detratores. Mas que importa! Eles disseram que é um charlatão e não querem se retratar.

Os que conhecem Hillaire igualmente puderam convencer-se de que ele seria um charlatão ainda mais desajeitado. Nunca seria demais repetir que o móvel do charlatanismo é sempre o interesse; onde não há nada a ganhar, o charlatanismo não tem cabida; onde se tem a perder, seria uma estupidez. Ora, que proveito material tirou Hillaire de suas faculdades? Muita fadiga, uma grande perda de tempo, aborrecimentos, perseguições, calúnias. O que ele ganhou, e que para ele não tem preço, foi uma fé viva, que ele não tinha, em Deus, em sua bondade, na imortalidade da alma e na proteção dos bons Espíritos. Não é precisamente esse o fruto buscado pelo charlatanismo. Mas ele sabe, também, que essa proteção não se obtém senão se melhorando. É isso que ele se esforça por fazer, e também não é isso que interessa aos charlatães. É ainda o que o faz suportar com paciência as vicissitudes e as provações.

Em semelhantes casos, uma garantia de sinceridade está, pois, no absoluto desinteresse. Antes de acusar um homem de charlatanismo, é preciso perguntar que proveito ele tira em enganar, porque os charlatães não são bastante tolos para nada ganharem e ainda menos para perder em vez de ganhar. Assim, os médiuns têm uma resposta peremptória a dar aos detratores, perguntando-lhes: Quanto me pagaram para fazer o que faço? Uma garantia não menos grande e de natureza a causar viva impressão, é a reforma de si mesmo. Só uma convicção profunda pode levar um homem a vencer-se, a desembaraçar-se do que em si há de mau, e a resistir aos perniciosos arrastamentos. Então, já não é apenas a faculdade que admiramos, é à pessoa que respeitamos, e que se impõe à troça.

As manifestações obtidas por Hillaire são para ele uma coisa santa. Ele as considera como um favor de Deus. Os sentimentos que elas lhe inspiram estão resumidos nas seguintes palavras, extraídas do livro do Sr. Bez:

“O rumor desses novos fenômenos espalhou-se por toda parte com a rapidez do relâmpago. Todos os que até então ainda não haviam assistido a manifestações espíritas, ficaram roídos de vontade de ver. Mais do que nunca, Hillaire foi crivado de pedidos, de convites de toda sorte. Ofertas de dinheiro foram feitas por várias pessoas, a fim de convencê-lo a dar sessões em suas casas, mas Hillaire sempre teve a convicção profunda de que suas faculdades só lhe são dadas com objetivo de caridade, a fim de trazer a fé à alma dos incrédulos e de arrancá-los do materialismo que os rói impiedosamente e os mergulha no egoísmo e nos desregramentos.

A partir de quando Deus lhe concedeu a graça de se servir dele para esclarecer os seus compatriotas, e as manifestações de uma ordem tão elevada são produzidas por seu intermédio, o simples médium de Sonnac considerou sua mediunidade como puro sacerdócio e se persuadiu que, no dia em que aceitasse a menor retribuição, suas faculdades lhe seriam retiradas, ou seriam entregues como um joguete aos maus Espíritos ou aos levianos, que as utilizariam para fazer o mal ou mistificar todos aqueles que ainda cometessem a imprudência de a ele se dirigirem. Entretanto, a situação pecuniária desse humilde instrumento se acha em estado muito precário. Sem fortuna, é preciso que ele ganhe o pão com o suor de seu rosto e, muitas vezes, a grande fadiga que experimenta quando se produzem algumas manifestações importantes muito prejudica as forças que lhe são necessárias para manejar a pá e a picareta, dois instrumentos que ele incessantemente deve ter nas mãos.”

Nos momentos de desânimo que, como para Job tinham por objetivo experimentar sua fé e sua resignação, Hillaire encontrou asilo e assistência nos amigos reconhecidos, que lhe deviam a consolação pelo Espiritismo. É a isto que se pode chamar uma venda das manifestações dos Espíritos? Certamente não, pois é um socorro que Deus lhe enviou, que ele devia e podia aceitar sem escrúpulo; sua consciência pode estar calma, porque não traficou com os dons que recebeu de graça; ele não vendeu as consolações aos aflitos nem a fé que deu aos incrédulos. Quanto aos que lhe vieram em auxílio, cumpriram um dever de fraternidade, pelo que serão recompensados.

As faculdades de Hillaire são múltiplas. Ele é médium vidente de primeira ordem, auditivo, falante, extático e ainda escrevente. Obteve a escrita direta e transportes admiráveis. Várias vezes foi levantado e transpôs o espaço sem tocar o solo, o que não é mais sobrenatural do que ver erguer-se uma mesa. Todas as comunicações e todas as manifestações que obtém atestam a assistência de muito bons Espíritos e sempre se dão em plena luz. Muitas vezes ele entra espontaneamente em sono sonambúlico, e é quase sempre nesse estado que se produzem os mais extraordinários fenômenos.

A obra do Sr. Bez é escrita com simplicidade e sem exaltação. Não só o autor diz o que viu, mas cita numerosas testemunhas oculares, a maioria das quais se interessaram pessoalmente pelas manifestações. Esses não teriam deixado de protestar contra as inexatidões, sobretudo se ele lhes tivesse feito representar um papel contrário ao que se passou. O autor, justamente estimado e considerado em Bordeaux, não se teria exposto a receber semelhantes desmentidos. Pela linguagem se reconhece o homem consciencioso, que teria escrúpulo em alterar conscientemente a verdade. Aliás, não há um só fenômeno cuja possibilidade não seja demonstrada pelas explicações que se acham no Livro dos médiuns.

Essa obra difere da do Sr. Home por que, em vez de ser um simples relato de fatos muitas vezes repetidos, sem deduções nem conclusões, encerra, sobre quase todos os que são relatados, apreciações morais e considerações filosóficas que dela fazem um livro ao mesmo tempo interessante e instrutivo e no qual se reconhece o espírita, não somente convencido, mas esclarecido.

Quanto a Hillaire, felicitando-o por seu devotamento, nós o exortamos a jamais perder de vista que o que constitui o principal mérito de um médium não é a transcendência de suas faculdades, que lhe podem ser retiradas de um momento a outro, mas o bom uso que delas faz. Desse uso depende a continuação da assistência dos bons Espíritos, porque há uma grande diferença entre o médium bem dotado e o que é bem assistido.

O primeiro não excita senão a curiosidade; o segundo, tocado ele próprio no coração, reage moralmente sobre os outros, em razão de suas qualidades pessoais. Tanto no seu interesse, quanto no da causa, desejamos que os elogios de amigos, por vezes mais entusiastas que prudentes, nada lhe tirem de sua simplicidade e de sua modéstia, e não o façam cair na cilada do orgulho que já causou a perda de tantos médiuns.

Allan Kardec

Revista Espírita de Agosto de 1864

Sociedade Espírita de Bordeaux

Médium: Sr. Aug. BEZ.

Grupo B...

 

Amigos, é um dever e um dever bem doce vir, ao sair da vida terrestre, vos dar conta de minhas impressões.

Vós o sabeis tudo assim como eu, muitas vezes procuramos juntos desvendar o futuro, esse futuro que nos ocultava a tumba. Muito jovem, me foi dado penetrar esse grande segredo, e me comprazo em vos dizer aqui, de uma maneira solene, minhas esperanças não
foram desiludidas.

Ainda preso ao meu leito de dor, tinha a alma mergulhada nas esferas imensas da eternidade; os Espíritos que ainda não posso reconhecer, mas que, com certeza, são Espíritos amigos, vinham me consolar no meio das minhas mais cruéis dores, e me mostravam a rota da felicidade, e essa vista me fazia esquecer meus sofrimentos.

Amigos, não deixarei de vo-lo repetir: minhas esperanças, que são as vossas, não foram desiludidas para além da tumba.

Oh! como teria desejado me manifestar abertamente a um de vós, no meio dessa numerosa reunião de amigos que conduziram meu despojo mortal à sua derradeira morada! Muitas influências contrárias impediram essa manifestação; mas eu estava presente no pensamento de todos, me comunicava com eles intuitivamente e enchi seus corações de alegria e de esperança.

Que inefável consolação às idéias espiritistas não se verteram como ondas no coração de meus queridos pais e nos vossos também, meus bons amigos! E quanto às palavras simples e tocantes que dois dentre nossos irmãos pronunciaram sobre minha tumba,agitaram os corações dos incrédulos!

Oh! obrigado, meus bons amigos, obrigado; continuai com ardor a aprofundar a ciência sagrada que os bons Espíritos vieram nos desvendar. De agora em diante unir-me-ei a eles e, se bem que ainda muito fraco, farei todos os meus esforços para vos ajudar na procura da Verdade. Espírito, farei muito freqüentemente ressoar em vossos ouvidos essas palavras sagradas que me ditavam muitas vezes os nossos bons guias: “Coragem e confiança, porque a hora da libertação vai soar logo”.

Adeus, caros amigos, não me estendo muito esta noite, porque estou fraco ainda e a combinação dos fluidos que me são necessários me incomoda muito. Ajudai-me com vossas preces a fim de que possa, rápido, gozar inteiramente de minhas novas faculdades.

Não vos digo adeus como o dizem só aqueles que estão sem esperança além da tumba; não, meu adeus significa: Até à vista, porque nós nos reveremos, aqui embaixo, por minha presença em nossas reuniões, e também um dia nas esferas celestes, quando o momento vier em que, vós também, quebrareis vossa prisão para tomar vosso vôo para Deus.

Amigos, e vós também meus queridos pais, coragem e confiança e, sobretudo, bani a dor que assedia vossa alma. Se vos deixei corporalmente, pensai que estou entre vós em Espírito; se o número de vossos irmãos terrestres está menor por minha morte, pensai que, por minha morte também, o número de vossos irmãos espirituais aumentou.

E vós, querido amigo, com quem trabalhei tanto tempo, vós que me ajudastes tão poderosamente, quando eu dirigia o grupo Roux, oh! não quero me retirar sem vos agradecer e sem vos repetir também essas palavras sagradas: Coragem e confiança!

Adeus, caros amigos, enviai essa comunicação à minha mãe, ela lhe fará bem.

Jean Bardet

(Ano de 1864, Cidade de Bordeaux, França)

Fontes: Encyclopédie Spirite (Revue Spirites)

Fontes: CSI do Espiritismo (Imagens e registros históricos do Espiritismo)

"Mais de mil cidades ou aldeias na França possuem reuniões espíritas, isto é reuniões de amigos onde, após ter orado a Deus, se estuda a filosofia religiosa sob todas as suas faces, e em que se procura as provas da imortalidade da alma e as consolações para os corações aflitos, conversando com aqueles que deixaram seu envoltório corporal, mas que não estão mortos"

Auguste Bez "L' Union Spirite Bordelaise, Nº 8, 22 de julho de 1865"

Entre os que adotam as idéias espíritas, há, como sabeis, três categorias bem distintas:

1ª) - Os que crêem pura e simplesmente nos fenômenos das manifestações, mas que não lhes deduzem nenhuma conseqüência moral;

2ª) - Os que vêem o lado moral, mas o aplicam aos outros e não a si próprios;

3ª) - Os que aceitam para si mesmos todas as conseqüências da Doutrina, e que praticam ou se esforçam por praticar a sua moral.

Allan Kardec - Viagem espírita em 1862 - Discursos pronunciados nas reuniões gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD


Journal Du Spiritisme - Voix d’outre-tombe (1864 - 1865) (Fr.)

 

Auguste Bez - Les Miracles de nos jours, ou les manifestations extraordinaires obtenues par l'intermédiaire de Jean Hillaire (1864) (Fr) (Obra rara publicada por Auguste Bez)