Georges MElusson

SECRETÁRIO GERAL DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA LYON

membro da antiga união espírita francesa

presidente da Sociétés d'études psychiques et spirites lYon

(1865 - 1932)

 

OBRA RARA TRADUZIDA

Biografia de Georges Melusson:

Filho de um materialista convicto e de uma católica que foi criada em um convento a educação Georges Melusson foi totalmente voltada para o materialismo absoluto.

Com a idade de 17 anos, Melusson assistia um dia a uma sessão de magnetismo, sonambulismo e lucidez pelo qual se interessou fortemente. Empiricamente, ele tentou reproduzir os fenômenos que tinha testemunhado; buscava sensitivos magnéticos para obter esses fenômenos e, obteve resultados espantosos que incitaram a trabalhar cada vez mais nesse campo específico.

Chegava assim até o início do século XX, tendo obtido fenômenos inacreditáveis de lucidez sonambúlica à distância, mas não se ocupando de modo nenhum de Espiritismo, não conhecendo nem a coisa, nem a palavra. Tomava por histórias pouco sérias as narrativas de fantasmas e de almas do outro mundo, em que se resumia pouco depois para mim todas as "fantasias ocultas".

Um dia, por volta de 1906, em que fazia experiências de lucidez (sonambúlica) a 12 ou 15.000 quilômetros de distância com uma sensitiva (uma jovem que só conhecia a língua inglesa) que segundo suas palavras: “eu não sabia então por que nem como”, aliviava frequentemente leves indisposições, simplesmente aplicando-lhe alguns passes com ou sem contato; a jovem pedia, antes de começar a sessão, para curar-lhe as pálpebras que doíam horrivelmente.

Após alguns passes destinados a adormecê-la e a colocá-la no estado conveniente para as experiências em questão, que curava a seu pedido e que colocou em apoiá-la, com os polegares, através das pálpebras sobre os globos oculares e girando, emitindo mentalmente, como sempre, o profundo desejo de lhe ser útil; sem lhe observar os olhos, continuava os passes até um momento em que, por suas condições de insensibilidade, a julgava em estado de sono lúcido.

Ao aproximava dela para lhe fechar os olhos, quando, recolhendo docemente as mãos, ela perguntou-lhe “quem era o cavalheiro tão gentil, tão afável, com um olhar cheio de bondade que se encontrava atrás dele; Melusson se virou num movimento brusco, pois estava longe de supor que havia ali uma testemunha, espiando; mas não viu ninguém.

A curiosidade ficou e fez à sensitiva perguntas e mais perguntas. Ela descreveu o aspecto, a fisionomia, a expressão e o rosto do pai de Georges, falecido há pouco, e causou uma grande perturbação, pois ainda era profundamente materialista nessa época; durante vários meses, examinava com atenção todas as possibilidades que lhe vinham à mente: leitura ou transmissão de pensamento, lucidez (sonambúlica) na visão de um retrato, ou simplesmente imaginação, alucinação; mas uma após a outra rejeitava todas essas hipóteses.

Tudo aquilo foi tão incompreensível para Melusson, o personagem em questão respondendo com a personalidade do seu pai, podia fazer gestos, podia ouvi-lo e compreendê-lo, embora não existisse a reciprocidade; ele devia então poder se comunicar por gestos e lhe veio a ideia de colocar questões em princípio podendo se resolver por um “sim” ou um “não” com um sinal da cabeça, em seguida por frases cujas palavras seriam indicadas soletrando as letras por movimentos de braços, segundo a posição que essas ocupam no alfabeto.

Georges era naquele momento completamente profano em relação ao Espiritismo, e com mais forte razão, experiências de golpes de pancadas e comunicações obtidas por procedimentos análogos aos que ele empregava por sua vez.

Desde a primeira sessão quando utilizava o meio de correspondência por letras, o comunicante afirmou que era o espírito de seu pai e sobre sua questão: "O que é um espírito?" Ele (o Espírito) aconselhou a ler as obras de Allan Kardec e de Léon Denis, o que Georges fez desde o retorno à Europa, em 1907.

Melusson lançava de corpo e alma nas pesquisas minuciosas, lendo centenas de volumes a favor e contra o Espiritismo, assistindo a diversas sessões, denunciando a fraude ou a mistificação em numerosos casos, estabelecendo em muitos outros a alucinação, a imaginação ou o erro. O resultado o conduziu, depois de cinco anos, a constatações que podia resumir como segue (dizia "constatação" e não "crenças" ou "suposições").

Melusson Despojou-se de si o velho homem, fazendo tábua rasa de tudo o que tinha aprendido, de tudo o que sabia anteriormente desde à infância concernente à vida, à filosofia, às religiões, à moral e Deus.

Georges Melusson filiou-se às fileiras do Espiritismo e se tornou um ardente defensor da Doutrina dos Espíritos que foi alimentado pelas constatações da sobrevivência da alma no além-túmulo e na orientação do Codificador da Terceira Revelação, o mestre de Lyon, Allan Kardec.

Alphonse Bouvier diretor de revista "La Paix Universelle", muito conceituado nos meios espíritas, dedicada ao estudo do magnetismo curativo e ao espiritismo experimental passou a presidência a seu novo pupilo George Melusson, permanecendo como presidente honorário e presidindo a seção magnetismo.

Em 1918, Georges Melusson ingressou na Sociedade Fraternal de Estudo Científico e Moral do Espiritismo, na rua Terraille, 7 na cidade de Lyon, logo após, ele se tornou o vice-presidente desta associação que foi criado por Adolphe Laurent de Faget que representou um grande bastião na defesa dos postulados do Espiritismo como diretor do jornal Progrès Spirite, que era o mais lido no mundo espírita daquela época.

Em 1919, fundou, com Alphonse Bouvier a Sociétés d'études psychiques et spirites Lyon e, posteriormente, ajuda na Federação Espírita de Lyon.

Georges Melusson publicou em 1931 uma obra intitulada "Pourquoi je suis spirite" (Porque eu sou espírita).

Melusson foi contemporâneo e conviveu com os grandes gigantes do Espiritismo como: Léon Denis, Gabriel Delanne, Felix Remo, Léon Chevreuil, Jean Meyer, Coronel de Rochas, Professor Charles Richet, Maître Philippe e participou na era de ouro em que eram produtivos e saudáveis os Congressos Espíritas.

Proclamou as palavras que reverberava a fé racional que foram ditadas pelo Espírito da Verdade Codificadas por Allan Kardec.

Primeiramente, eis minha definição do Espiritismo, dizia:

"É uma compreensão especial científica, filosófica e moral dos seres e das coisas. Porque foi dentro do Espiritismo que encontrei uma concepção da vida, uma explicação de nossa existência e de nosso destino, uma moral e um senso de religião que me satisfizeram plenamente quanto a todas essas relações; foi ela que suprimiu em mim todo medo da morte, fez-me compreender a bondade e como chegar a ela; foi por ela que eu recebi as mais plausíveis respostas quanto às questões: Por que a vida? Quem somos? De onde viemos? Onde vamos? E, assim, eu devo dizer também que tive provas da realidade dos fatos que apresento, os quais me levaram a concluir que é no Espiritismo que se encontra a maior parte do pouco de verdade que é permitida aos humanos conhecer durante sua vida material."

O último grande espírita francês Georges Melusson desencarnou em 1932, na cidade de Lyon, na França.

Georges Melusson - Porque eu sou espírita

Fontes: Canal Espírita Jorge Hessen (Histoire du spiritisme à Lyon) En 1865, Lyon était bien la première ville spirite au monde. Cet historique du Spiritisme à Lyon vous fait découvrir le Spiritisme, ses groupes et ses hommes qui ont laissés des empreintes dans cette mouvance. Au plus fort du spiritisme à Lyon, 25 centres ou groupes familiaux accueillant près de 10 000 personnes, soit 10% de la population lyonnaise.

Fontes: l'Encyclopédie Spirite (Biblioteca Espírita em Francês)

Fontes: Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec (Biblioteca Espírita em Francês)

 

"O verdadeiro espírita segue sempre em linha reta o caminho que lhe ordena a consciência e que lhe dita o seu dever, mesmo se as consequências lhe devam ser penosas ou dolorosas. Ele conhece, compreende e aplica a Lei de Deus ou Lei da Natureza, eterna, imutável, isto é, a Lei do Amor de que resulta a aplicação da Bondade, da Caridade, da Justiça, em sua maior pureza.

Ele se identifica de antemão com a vida espiritual e experimenta conformar sua vida material aos ensinamentos do Cristo. Pratica todas as virtudes, chega a se desembaraçar de todos seus vícios, de todos seus defeitos; tem a consciência pura, é simples, humilde e doce, mas sabe também ser alegre e se acha feliz em todas circunstâncias, a questão da Felicidade em relação aos outros, e essa comparação de sua situação em relação aos outros, e essa comparação se exercendo sempre com aquele menos favorecidos ou mais infelizes."

Georges Melusson "Porque eu sou espírita"

O Espiritismo é uma fé, dizem outros. Eu reconheço que a maior parte dos espíritas têm uma fé, mas que o Espiritismo seja uma fé, eu não compreendo. Se, por "fé", se quer compreender "crença", eu digo que não; sobre muitos pontos, é "certeza"; sobre outros, é "convicção"; sobre outros ainda é "probabilidade"; sobre alguns enfim é "possibilidade".

Sem procurar no tornar-se (ao contrário, querendo me esforçar em desmascarar o que eu tomava como erro), eu me tornei espírita, constrangido pelos fatos, cheio de admiração pela nobreza de sua moral explicada e raciocinada. Foi em seguida somente que a fé chegou a mim.

Georges Melusson "Porque eu sou espírita"

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Biografia de Georges Melusson

 

Biografia de Georges Melusson (Em Francês)

 

Georges Melusson - Porque eu sou espírita (Obra rara traduzida)

 

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