GUSTAVE GELEY
Do Inconsciente ao Consciente
Gustave Geley - De I’Inconscient au Conscient
Librairie Félix Alcan
108, Boulevard Saint-Germain, 108
Paris – 1919
OBRA RARA TRADUZIDA
Tradução: Abílio Ferreira Filho
Revisão: Irmãos W. e Ery Lopes
Formatação: Ery Lopes
Versão digitalizada:
© 2021
Distribuição gratuita:
Portal Luz Espírita
Autores Espíritas Clássicos
Prefácio da obra:
Esta obra é a continuação lógica de meus estudos sobre o Ser Subconsciente.
Seu objetivo é compreender, numa síntese mais completa e mais vasta, a evolução coletiva e a evolução individual. Sua realização se inspira no mesmo procedimento: exprimir as idéias com a maior simplicidade, a maior clareza e a maior concisão possível; evitar as longas análises ou os desenvolvimentos; afastar sobretudo as digressões fáceis, de caráter imaginário ou poético.
Eu quis, antes de tudo, criar uma obra de síntese e essa síntese deve ser considerada em si mesma, fora e acima dos detalhes negligenciados ou voluntariamente omitidos. Não é, de fato, uma só das questões consideradas que necessitaria, para ser aprofundada, do esforço de toda uma vida. É obra própria de analistas e eu a deixo para eles. A minha é outra, já que visa, antes de tudo, a pesquisa ideal de uma vasta concepção de filosofia geral, baseada nos fatos.
Evidentemente, tal filosofia não seria capaz de ter, no estado atual de conhecimentos e da consciência humana, outra pretensão senão constituir um ensaio, um esboço ou, se quiserem, um plano cujas grandes linhas e alguns detalhes são precisos.
Do mesmo modo que forçosamente incompleta, essa filosofia não será plenamente original. A maior parte das soluções que ela propõe, encontram-se forçosamente, cá e lá, mais ou menos nítidas ou mais ou menos deformadas, nos diversos sistemas naturalistas ou metafísicos.
A concepção geral dessa obra é que, após ter inspirado a maior parte dos grandes sistemas metafísicos, encontrou sua exposição, a mais nítida e a mais concreta na obra de Schopenhauer. Suas premissas são, por isso, idênticas; mas seu desenvolvimento e suas conclusões são totalmente diferentes; meu trabalho, com efeito, tende precisamente a preencher o abismo que, para Schopenhauer, separa o Inconsciente do Consciente.
Daí, uma interpretação diferente da evolução universal e individual. Essa interpretação, em lugar de conduzir ao pessimismo, guia, eu não diria ao otimismo (estando o termo desconsiderado e equívoco), mas ao ideal inveterado da humanidade, ideal conforme suas esperanças eternas, as mais altas e as serenas, de justiça, de felicidade e de permanência individual.
Mas, a
originalidade verdadeira da filosofia idealista que eu exponho aqui, a única que
ela reivindica abertamente, é ser científica. No lugar de ser encerrada em um
quadro dogmático ou místico, ou reter fórmulas puramente intuitivas ou
apriorísticas, ela é baseada em uma demonstração positiva.
Gustave Geley
As pesquisas:
GUSTAVE GELEY X MÉDIUM EVA C.
Em outros casos, eu tive o testemunho de uma organização análoga, após a saída da substância pela boca.
Eis um exemplo registrado em meu caderno de anotações: “Da boca desce lentamente, até sobre os joelhos de Eva, um cordão de substância branca, da largura aproximada de dois dedos; essa fita adesiva toma, aos nossos olhos, as formas mais variáveis: ora se estende sob a forma de um largo tecido membranoso perfurado, com vazios e enchimentos; ora se apanha e se encolhe, depois se infla, depois se estica de novo.
De ambos os lados, da massa, partem prolongamentos, espécies de pseudópodes e esses pseudópodes revestem às vezes, durante alguns segundos, a forma de dedos, esboço de mãos, depois voltam à massa. Finalmente, o cordão se amassa sobre si mesmo, se alonga sobre os joelhos de Eva: depois sua extremidade se levanta, se destaca do médium e avança perto de mim.
Eu vejo então essa extremidade se engrossar sob forma de um enchimento, de um broto terminal e esse broto terminal se desabrocha em uma mão perfeitamente modelada. Eu toco essa mão. Ela dá uma sensação normal; eu sinto os ossos, eu sinto os dedos munidos de suas unhas. Depois a mão se retrai, diminui, desaparece no fim do cordão. O cordão faz ainda algumas evoluções, se retrai e volta a entrar na boca do médium.”
Ao mesmo tempo em que aparece a forma sólida, pode-se observar a forma vaporosa da substância; ela sai então da superfície do corpo do médium sob uma forma invisível e impalpável, sem dúvida através das malhas de sua vestimenta, e se condensa na superfície dessa última. Vê-se então como uma pequena nuvem que se aglomera em uma mancha branca sobre a roupa negra, ao nível do ombro, do peito ou dos joelhos. A mancha aumenta, se estende, depois ela toma os contornos ou os relevos de uma mão ou de um rosto.
Qualquer que seja seu modo de formação, o fenômeno não permanece sempre em contato com o médium. Observa-se freqüente e perfeitamente fora dele.
Gustave Geley - Do Inconsciente ao Consciente
Eva Carrieri – Ectoplasmia
(Institut Métapsychique International)
Eva Carrieri – Ectoplasmia
(Institut Métapsychique International)
Eva Carrieri – Ectoplasmia
(Institut Métapsychique International)
Fontes: Projeto Allan Kardec (Coleção de Manuscritos de Allan Kardec)
Fontes: CSI Espiritismo
"Em nós, tudo o que seja necessário ao nosso melhoramento, ao nosso avanço ou progressão, deve resultar dos nossos esforços pessoais.
Assim, pois, nos limites do possível, a moral humana deve deixar o indivíduo em liberdade.
É inútil e prejudicial impor deveres que o indivíduo não considere como tais.
O ideal da moral seria instruir sem impor, deixando o indivíduo advertido do mal e das conseqüências de suas ações. A luta é necessária para o desenvolvimento da sua inteligência.
Cedo ou tarde, as faltas e os erros cometidos serão compreendidos e julgados pelo próprio culpado, quer pelas advertências da dor, quer pelo desenvolvimento intelectual; como conseqüência disto, a sua liberdade moral aumentará um grau."
Gustave Geley "Do Inconsciente ao Consciente"
No decurso destas vigorosas páginas, Gustave Geley afirma a sobrevivência com lógica, extraordinário poder de análise e elevação de espírito que nos impressionam singularmente, atenta a sua autoridade de experimentador.
Diz ele, em sua obra Do Inconsciente ao Consciente:
“Para o homem suficientemente evoluído, a morte quebra ruidosamente o círculo em que a vida material tinha encerrado uma consciência que ultrapassava os limites da profissão, da família e da pátria. O ser é levado para além dos pensamentos e das recordações habituais, do amor e do ódio, das paixões e dos hábitos. Na cadeia das existências, uma vida terrestre é semelhante a um dia desta vida. Uma vida e um dia têm, na evolução humana, importância similar e verdadeira analogia.”
RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD
Gustave Geley - Do Inconsciente ao Consciente (Obra rara traduzida)
Gustave Geley - De l’Inconscient au Conscient (1919) (Fr)
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