Le Spiritisme en Belgique

Pionniers du Spiritisme

 

 

JOURNAL LE MESSAGER DE LIÈGE

LES FAITS DE MANIFESTATIONS DES ESPRITS

SPIRITISME / MAGNÉTISME

directeur: H. Vanderyst

LIÈGE / belgique

(1872 - 1913)

 

(Le Spiritisme en Belgique)

 

O mestre de Lyon (Allan Kardec) realizou diversas viagens para Bélgica, aonde plantou sementes do ideário espírita nos corações dos belgas e nos paises do norte europeu, na qual e narrado nas revistas espíritas.

A Journal Le Messager foi dedicada ao Espiritismo e o Magnetismo, sendo um dos grandes difusores dos ensinamentos da Doutrina Espírita codificados por Allan Kardec, tendo uma vida longa, sendo que as suas primeiras edições apareceram em 1872, fundado pelo grupo espírita La Paix, tendo como membros fundadores: Adolphe Long-Pretz, Antoine Coune e o sr. Raick.

Além das discussões sobre o trabalho de vários grupos espíritas na Bélgica, o conteúdo do jornal consistia em grande parte de material reimpresso de outras revistas espíritas do mundo espírita internacional, juntamente com resenhas de livros e revistas, e biografias de espíritas proeminentes.

Em seus últimos anos, o jornal realizou conferências dadas por Le Clément de Saint-Marcq, o trabalho de Victor Henrion e as conferências de Jules Fievet. O jornal cessou de circular em 1914.

O fervor dos espíritas belgas jamais se enfraqueceram, levaram adiante em períodos posteriores a chama do espiritismo ao mundo. Sediaram os grandes Congressos Internacionais Espíritas. Enfrentaram duas grandes guerras mundiais. E no ano de 1999, como na lenda da ave fênix, ressurgiram das cinzas, através de Jean-Paul Evrard que recebe a responsabilidade pela presidência da União Espírita Belga que é membro atual do Mouvement Spirite Francophone.

O Espiritismo na Bélgica:

ALLAN KARDEC

Cedendo às insistentes solicitações de nossos irmãos espíritas de Bruxelas e de Antuérpia, fizemos-lhes uma rápida visita este ano e temos a satisfação de dizer que trouxemos a mais favorável impressão do desenvolvimento da doutrina naquele país. Ali encontramos maior número de adeptos do que esperávamos, devotados e esclarecidos.

A acolhida simpática que nos foi feita naquelas duas cidades deixou-nos uma lembrança que jamais se apagará, e contamos os momentos ali passados no número dos mais agradáveis para nós. Não podendo enviar nossos agradecimentos a cada um em particular, gostaríamos que os recebessem aqui coletivamente.

Retornando a Paris, encontramos uma mensagem dos membros da Sociedade Espírita de Bruxelas, a qual nos tocou profundamente. Conservamo-la preciosamente como um testemunho de sua simpatia, mas eles compreenderão facilmente os motivos que nos impedem de publicá-la em nossa Revista. Entretanto, há uma passagem que nos impõe o dever de levar ao conhecimento de nossos leitores, porque o fato revelado diz mais que longas frases sobre a maneira pela qual certas pessoas compreendem o objetivo do Espiritismo. Está assim concebida:

“Comemorando vossa viagem à Bélgica, nosso grupo decidiu fundar um leito de criança na creche de Saint Josse Tennoode.

Para nós, nada podia ser mais lisonjeiro do que semelhante testemunho. A fundação de uma obra de beneficência, em memória de nossa visita, é uma prova de grande estima, que nos honra muito mais do que as mais brilhantes recepções que pudessem lisonjear o amor-próprio de quem lhe é objeto, mas a ninguém aproveitam e não deixam qualquer traço útil.

Antuérpia se distingue por um maior número de adeptos e de grupos. Mas lá, como em Bruxelas e, aliás, em toda parte, os que participam de reuniões de certo modo oficiais e regularmente constituídas, estão em minoria.

As relações sociais e as opiniões emitidas nas conversas provam que as simpatias pela doutrina se estendem muito além dos grupos propriamente ditos. Se nem todos os habitantes são espíritas, ali a ideia não encontra oposição sistemática; dela se fala como de uma coisa natural e não riem. Como os adeptos, em geral, pertencem ao alto comércio, nossa chegada foi novidade na bolsa e monopolizou a conversação, sem mais importância do que se se tratasse da chegada de uma carga de mercadorias.

Vários grupos são compostos de número limitado de membros e se designam por um título especial e característico; é assim que um se intitula: A Fraternidade, outro Amor e Caridade, etc. Acrescentemos que esses títulos não são para eles insígnias banais, mas divisas que se esforçam por justificar.

O grupo Amor e Caridade, por exemplo, tem por objetivo especial a caridade material, sem prejuízo das instruções dos Espíritos, que, de certo modo, constituem a parte acessória. Sua organização é muito simples e dá excelentes resultados. Um dos membros tem o título de esmoler, nome que corresponde perfeitamente às suas funções de distribuir socorros a domicílio; por diversas vezes os Espíritos já indicaram nomes e endereços de pessoas necessitadas. O nome esmoler voltou, assim à sua significação primitiva, da qual se havia singularmente desviado.

Esse grupo possui um médium tiptólogo excepcional e dele faremos objeto de um artigo especial.

Aqui só fazemos constatar os bons elementos, que fazem bem augurar do Espiritismo nesse país, onde só há pouco criou raízes, o que não quer dizer que certos grupos dali não tenham tido, como em outros lugares, desavenças e decepções inevitáveis, quando se trata do estabelecimento de uma ideia nova.

No começo de uma doutrina, sobretudo tão importante quanto o Espiritismo, é impossível que todos os que se declaram seus partidários lhe compreendam o alcance, a gravidade e as consequências. Deve-se, pois, esperar desvios da rota em pessoas que só lhe veem a superfície, ambições pessoais, aquelas para quem o Espiritismo é mais um meio que uma sincera convicção, sem falar de gente que toma todas as máscaras para se insinuar, visando a servir os interesses dos adversários; porque, assim como o hábito não faz o monge, o nome de espírita não faz o verdadeiro espírita.

Mais cedo ou mais tarde esses espíritas fracassados, cujo orgulho ficou vivaz, causam nos grupos atritos penosos e suscitam entraves, dos quais sempre se triunfa com perseverança e firmeza. São provações para a fé dos espíritas sinceros.

A homogeneidade e a comunhão de pensamentos e sentimentos são, para os grupos espíritas, como para quaisquer outras reuniões, a condição sine qua non de estabilidade e de vitalidade. É para tal objetivo que devem tender todos os esforços, e compreende-se que é tanto mais fácil atingi-lo quanto menos numerosas as reuniões.

Nas grandes reuniões é quase impossível evitar a intromissão de elementos heterogêneos que, mais cedo ou mais tarde, aí semeiam a cizânia. Nas pequenas reuniões, onde todos se conhecem e se estimam, onde se está como em família, o recolhimento é maior, a intrusão dos mal-intencionados mais difícil. A diversidade dos elementos de que se compõem as grandes reuniões torna-as, por isso mesmo, mais vulneráveis à surda intriga dos adversários.

É preferível, pois, que haja numa cidade cem grupos de dez a vinte adeptos, dos quais nenhum se arroga a supremacia sobre os outros, a uma sociedade única, que reunisse todos os partidários. Esse fracionamento em nada prejudicará a unidade dos princípios, desde que a bandeira seja única e todos marchem para o mesmo objetivo. É o que parece ter sido perfeitamente compreendido por nossos irmãos de Antuérpia e de Bruxelas.

Em síntese, nossa viagem à Bélgica foi fértil em ensinamentos no interesse do Espiritismo, pelos documentos que recolhemos e que serão, oportunamente, postos em proveito de todos.

Não esquecemos uma das mais honrosas menções ao grupo espírita de Douai, que visitamos de passagem, e um particular testemunho de gratidão pela acolhida que ali nos dispensaram. É um grupo familiar, onde a doutrina espírita evangélica é praticada em toda a sua pureza.

Ali reinam a mais perfeita harmonia, a benevolência recíproca, a caridade em pensamentos, palavras e ações; ali se respira uma atmosfera de fraternidade patriarcal, isenta de eflúvios malfazejos, onde os bons Espíritos devem comprazer-se tanto quanto os homens; por isso, as comunicações retratam a influência desse meio simpático.

Deve-se à sua homogeneidade e aos escrupulosos cuidados nas admissões, jamais haver sido perturbado por dissensões e desavenças por que os outros sofreram; é que todos os que dele fazem parte são espíritas de coração e nenhum procura fazer prevalecer a sua personalidade. Os médiuns aí são relativamente muito numerosos; todos se consideram como simples instrumentos da Providência, isentos de orgulho, sem pretensões pessoais, e se submetem humildemente e sem melindres ao julgamento sobre as comunicações que recebem, prontos a destruí-las se forem consideradas más.

Um poema encantador foi obtido em nossa intenção e após a nossa partida. Agradecemos ao Espírito que o ditou e ao seu intérprete; conservamo-lo como preciosa lembrança. São desses documentos que não podemos publicar e que só aceitamos a título de incentivo.

Temos a satisfação de dizer que esse grupo não é o único nestas condições favoráveis e de ter podido constatar que as reuniões verdadeiramente sérias, aquelas em que cada um procura melhorar-se, de onde a curiosidade foi banida, as únicas que merecem a qualificação de espíritas, multiplicam-se diariamente.

Oferecem em pequena escala o que poderá vir a ser a sociedade, quando o Espiritismo, bem compreendido e universalizado, formar a base das relações mútuas. Então os homens nada mais terão a temer uns dos outros; a caridade fará reinar entre eles a paz e a justiça. Tal será o resultado da transformação que se opera, cujos efeitos a geração futura começará a sentir.

Allan Kardec - Revista Espírita de Outubro de 1864

ARTIGOS ESPÍRITAS:

JORNAL LE MESSAGER

Anunciamos em nosso número anterior a nova e lamentável perda que o Journal Le Messager acaba de causar na pessoa de um talentoso literato, o senhor Ernest Cordurié, advogado do Pégarié.

Desde 1862, aquele que por imitação seria um dos melhores apoiadores do nosso jornal foi um fervoroso, devoto e modesto defensor do espiritismo, para cujo triunfo conquistou o melhor momento de sua vida. Sua mediunidade se manifestou naquela época e as comunicações publicadas naquele ano e nas seguintes, por Allan Kardec, na Revue Spirite, comprovam de que fontes vieram suas inspirações e o que o Mestre fez delas.

Posteriormente publicou sob o pseudônimo de Marc Baptiste as Cartas aos Camponeses e depois, em 1872, as Cartas a Maria, sobre o Espiritismo, duas pequenas brochuras interessantes amplamente distribuídas.

Nossos leitores já sabem há muito tempo o alto valor moral dos ensinamentos que os Espíritos, por meio dele, vêm divulgando.

Nosso irmão e amigo Cordurié foi um nobre e grande espírito que soube superar os infortúnios e os reveses da vida. Ele encontrou todo o seu consolo nas suas obras mediúnicas e também magnéticas, pois durante alguns anos se dedicou com grande sucesso à mediunidade de cura e na divulgação da filosofia espírita.

Teremos sempre como ideais a concretizar para nós, o eminente espírito tão luminoso que foi nosso colaborador. Os laços de simpatia que uniam ao nosso trabalho de propaganda estão longe de se romper. Existem ainda alguns dos seus escritos que garantem a continuação póstumas de sua dedicação à nossa causa espírita.

Seu irmão nos promete participar como antes em sua útil publicação. Que receba na solidão o nosso agradecimento e também a expressão das nossas simpatias fraternas.

Journal Le Messager - Julho de 1888

ARTIGOS ESPÍRITAS:

JORNAL LE MESSAGER

Senhores do comitê do jornal.

Li atentamente a carta do falecido Dr. Wahu, que publicou na edição do jornal; você me permitem discutir a opinião do falecido doutor, que não posso compartilhar inteiramente; Eu pretendia falar com vocês sobre esta importante questão das sessões de evocação.

Em Liège, muitos espíritas deixaram o estudo sério dos fenômenos espíritas em segundo plano, para lidar mais exclusivamente com a ideia filosófica.

É lamentável em minha opinião. A ideia espírita requer a comprovação positiva dos fatos; é graças a eles que podemos convencer; através da controvérsia filosófica, talvez se levem aos incrédulos a aprovar a doutrina, a considerá-la até admirável, mas não se dará a convicção profunda.

Portanto, é necessário organizar as sessões para evocar, estudar e experimentar fenômenos espíritas. Que deve ser feito muito a sério. Muitas vezes, infelizmente!, acontece então que essas pessoas que nem mesmo conhecem suficientemente as condições essenciais para obter os bons resultados, tomam pelo valor as histórias que lhes são contadas por espíritos da luz ou brincalhões; não discutem as comunicações obtidas e se deixam enganar com demasiada facilidade pelos médiuns que, na falta dos verdadeiros ditados, lhes dão os apócrifos e causam danos consideráveis ​​à causa espírita.

E, veja bem, essas sessões acontecem quase sempre no círculo familiar; mas os membros desta família não estudaram suficientemente este volume tão importante "O Livro dos Médiuns", não procuraram compreendê-lo e ficaram satisfeitos com informações incompletas; é por isso que chegam aos resultados desastrosos. A maneira de evitar este incômodo, que quase se poderia chamar de perigo, é instruir todos aqueles que querem fazer sessões de evocação, para colocá-los em condições de conduzi-los bem.

Num grupo bastante grande de espíritas da mesma comuna, sempre haverá homens mais capazes do que os outros; e que estes tomem a iniciativa de formar um pequeno grupo de amigos, que se encontrem periodicamente; Nesta reunião, admitir-se-ia apenas pessoas que estudaram o Espiritismo; então, a primeira coisa, seria o estudo aprofundado do Livro dos Médiuns; a reunião será organizada de acordo com as informações do livro, e as comunicações discutidas seriamente. Assim, todos aqueles que desejam fazer evocações em grupos familiares aprenderiam pelo menos a saber como conduzi-los.

O eminente escritor falou pelos instruídos e capazes; neste caso, ele está absolutamente certo; mas devemos pensar também no trabalhador, no plebeu, que não tem quem o guie. Essas são as pessoas que devem ser ensinadas a presidir as sessões espíritas, e nem sempre é fácil.

Também observo que as observações do Dr. Wahu se relacionam principalmente a muitas reuniões, lidando com evocações; suas observações neste caso são perfeitamente corretas.

Mas, a sociedade espírita, tal como entendida pelo povo de Liège e pelos membros da União Espírita, não é isso. A sociedade deve, antes de tudo, preocupar-se com o aperfeiçoamento dos seus membros, por meio de conferências, instruções, etc; deve fazer propaganda pelos mesmos meios e encorajar a impressão de obras que defendam a doutrina.

Quantas pessoas que, não tendo os recursos necessários para adquirir livros básicos de Allan kardec, teriam ficado sem saber do espiritismo, se as sociedades, ao criarem bibliotecas, graças à união de todos, não lhes tivessem dado o caminho. E, depois, não é novamente graças a essas bibliotecas, que os espíritas de todas as classes da sociedade podem continuar e a desenvolver sua educação, por meio dos trabalhos morais e científicos que se colocam à sua disposição? Não é um benefício grande e real?

O Dr. Wahu falava pelos clamores muito fáceis; ele disse coisas muito verdadeiras e muito boas, mas se esqueceu das pessoas. Grupos e sociedades defendem os interesses dos pequenos, por isso são realmente úteis; o importante é saber alocar tudo primeiro à propaganda da ideia, depois os fatos.

Mais uma palavra: seria muito desejável para a divulgação da nossa doutrina na região de Liége, ver os antigos espíritas, aqueles que estudaram a doutrina profundamente, organizar estas sessões familiares nas casa; os resultados seriam excelentes.

Quanto à federação, tudo vai depender de como entendemos as coisas; ela continuará, espero, a melhorar a organização e o apoio aos grupos espíritas; propaganda por discurso e pela imprensa. Nessas condições, seria difícil não ter sucesso.

Vou terminar com uma observação final.

O Sr. Wahu fala na discórdia entre os espíritas, produtos fatais das sociedades em geral.

É necessário que todos os espíritas saibam reconhecer que devem se sacrificar somente à verdade, e somente a ela; que eles têm o dever de discutir apenas fraternalmente, amigavelmente. Esta é a única maneira de iluminar. Qualquer que seja a diferença de opinião que possa surgir entre eles, eles devem respeito e amizade mútua.

Por favor, aceitem, senhores, minhas saudações mais fraternas.

FELIX.

Journal Le Messager - Fevereiro de 1889

Le Clément de Saint-Marcq - Federation Spirite Nationale Belge

1907 Anvers Congrès Spirite International

Liste des Cercles ou Groupe espirites affiliés à la F. S. de Liège (1912)

1912 Congrès Belge Namur

Fontes: Encyclopédie Spirite

Fontes: AKOL- Allankardec.Online

 

RELAÇÃO DE JORNAIS PARA DOWNLOAD

 

Journal Le Messager 1872 - 1873 (Fr.)

 

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