CANUTO ABREU

O GRANDE PESQUISADOR ESPÍRITA BRASILEIRO

O GRANDE AMIGO DE ALLAN KARDEC

OS GIGANTES DO ESPIRITISMO

(1892 - 1980)

 

PROJETO ALLAN KARDEC

MANUSCRITOS RAROS DE ALLAN KARDEC

(COLEÇÃO CANUTO ABREU)

O projeto tem por principal objetivo permitir o acesso do público em geral e de pesquisadores a centenas de manuscritos e documentos originais de Allan Kardec, que nunca haviam sido divulgados e editados. Assim, o projeto pretende se tornar referência para fontes históricas primárias ligadas ao pensador francês. Acesse link

Biografia de Canuto Abreu:

Nascido em Taubaté, Estado de São Paulo, no dia 19 de Janeiro de 1892 e desencarnado em São Paulo, no dia 2 e maio de 1980.

Formou-se em Farmácia aos 17 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual também concluiu, em 1923, o curso de Medicina. Bacharelou-se em Direito pela antiga Escola de Ciências Jurídicas e Sociais, depois Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, no ano de 1916.

No campo jurídico, começou a advogar aos 22 anos de idade, no contencioso do Banco Hipotecário do Brasil e da “Caisse Commerciale et Industrielle de Paris“. Especializou-se em Direito Comercial, Assuntos Bancários e Econômicos, trabalhando no Banco do Brasil e outros até 1932.

Desempenhou vários encargos particulares do Governo Federal. Esteve no Extremo Oriente cerca de um ano, estudando in loco assuntos pertinentes à imigração oriental para o Brasil. Foi autor do projeto do Banco do Brasil “Comissão do Açúcar”, mais tarde transformada no “Instituto do Açúcar”.

No campo da Medicina, cuja ciência sempre estudou e amou, escreveu inúmeros artigos publicados entre 1925 e 1930, emitindo idéias com referência à Medicina Social. Foi funda-dor e presidente da Associação Paulista de Homeopatia. Como clínico, jamais aceitou qualquer retribuição direta ou indireta de seus serviços médicos.

Foi membro de várias entidades assistenciais e vicentinas, dedicou-se com afinco ao trabalho em prol da criança abandonada. Fundou no Rio de Janeiro, com outros beneméritos, alguns orfanatos. Tornou-se colaborador a partir de 1934, quando passou a residir em São Paulo, da Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, uma das mais antigas instituições de assistência à infância em nosso Estado (fundada em 1901 por Anália Franco).

Juntamente com a Diretoria Geral, Cleo Duarte, empreendeu reformas e construções importantes, fazendo dos internatos, Anália Franco para meninos e Eleonora Cintra para meninas, dois estabelecimentos únicos com capacidade para mais de 300 crianças.

Na vida econômica se fez por si. Foi sempre progressista, orientado pelo idealismo de bem servir à coletividade. Em São Paulo, associou-se a José Baptista Duarte, nas Indústrias J.B. Duarte, sendo seu presidente.

Na esfera teológica, empolgado desde os 18 anos pelos estudos bíblicos, empreendeu entre outros trabalhos, a versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais anti-go manuscrito do Novo Testamento, até a época. Pesquisou nas Bibliotecas do Museu Britânico, Biblioteca do Vaticano, Biblioteca Nacional de Paris.

Profundo conhecedor da História do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, em 1936, quando ainda circulava a revista “Metapsíquica”, órgão da Sociedade Metapsíquica de São Paulo, vários artigos abordando fatos ocorridos no Brasil até o ano de 1895, detendo-se com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes à frente do movimento espírita em nosso país. Estes artigos foram publicados, em 1950, em forma de opúsculo, por ocasião da realização do 2º Congresso Espírita do Estado de São Paulo.

As “Edições FEESP” lançaram estes escritos em forma de livro, em agosto de 1981, quando se comemorou o sesquicentenário de nascimento do Dr. Bezerra de Menezes.

No ano de 1953, deu início, pelas colunas do jornal “Unificação”, órgão da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, à publicação de uma série de artigos sob o título “O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária”, o que fez até junho de 1954.

Estes artigos, de suma importância, deveriam ser publicados em livro, o qual não chegou a sair a lume. Em abril de 1957, no evento das comemorações do I Centenário de lançamento de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, o Dr. Canuto Abreu, que fazia parte da comissão organizadora das festividades do centenário, fez publicar, em edição bilíngüe, nos idiomas francês e português, o “Primeiro Livro dos Espíritos de Allan Kardec”, reproduzido o famoso na forma em que foi lançado pelo Codificador, no dia 18 de abril de 1857, traduzindo-o também para o vernáculo.

Como se sabe, aquela obra básica do Espiritismo foi sensivelmente refundida pelo próprio autor, quando da publicação da sua Segunda edição, em 18 de março de 1860, a qual se tornou definitiva.

O Dr. Canuto foi Diretor Geral da Sociedade Metapsíquica de São Paulo, entidade que posteriormente se fundiu na Federação Espírita do Estado de São Paulo. Foi expositor da Primeira Turma da Escola de Aprendizes do Evangelho, da mesma Federação, tendo tomado parte na elaboração de alguns dos livros usados naqueles cursos.

Ao longo de sua vida laboriosa e de suas numerosas viagens ao Exterior conseguiu amealhar livros e documentos raros, formando imensa biblioteca. Durante a II Grande Guerra Mundial, quando os exércitos alemães invadiram a França, tornou-se depositário de alguns documentos históricos que estavam em poder da sociedade que dirigia os destinos do Espiritismo naquela importante nação européia.

O Dr. Canuto passou seus últimos anos de vida entre seus livros e documentos, sempre ativo e interessado em tudo. O Espiritismo muito lhe deve, pelo muito que fez em favor da divulgação dos seus postulados e pelo incomparável esforço em favor das pesquisas que formam parte da doutrina, no Brasil e no mundo.

Paulo Alves de Godoy e Antonio de Souza Lucena - Personagens do Espiritismo

Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004

Nas comemorações do bicentenário de Allan Kardec, realizadas em Paris em outubro de 2004, ocorreu um fato muito curioso. No congresso internacional preparado para homenagear o nascimento Codificador registrou-se a presença de centenas de representantes de diversos países – a maioria brasileiros – e de médiuns de grande prestígio no movimento espírita brasileiro. Uma grande expectativa estava no ar.

Que personalidades espirituais se manifestariam naquele evento histórico? Talvez os Espíritos que colaboraram na Codificação e na Sociedade Espírita de Paris? Talvez Chico Xavier, Emmanuel, André Luiz, Herculano Pires? Ou então Amélie Boudet ou mesmo o próprio Allan Kardec? Nenhum deles.

Muitos participantes confessaram uma certa decepção e surpresa com a manifestação já aguardada do Espírito Léon Denis, mas poucos esperavam uma comunicação de Canuto Abreu, um dos maiores admiradores e divulgadores da obra de Kardec e que caiu no esquecimento e na desconsideração de muitos espíritas.

Mensagem de Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004

Allan Kardec!

Este nome é um marco de um tempo novo. É uma legenda de luz e de força moral que edifica um tempo especial de regeneração humana, e que, ao longo de mais de seis décadas, esteve no mundo das formas para materializar os ensinamentos do Mundo Etéreo, junto às almas terrenas.

Alma de escol, sem embargo, Allan Kardec veio ao planeta para representar no campo físico a Equipe Luminosa do Espírito da Verdade, que jorrava claridade sobre o orbe sob a ação venturosa do Cristo Excelso.

Nesse tempo em que o Espiritismo está no mundo, como esplendente Sol diluindo os miasmas da longa noite moral humana, ainda que pouco a pouco, são incontáveis aqueles que vêm recebendo o sustento para viver com entusiasmo, a motivação para prosseguir nas árduas lutas, sem pensar em fugir dos proscênios dificultosos dessas graves experiências das sociedades terrenas.

Quantos se arredaram das idéias suicidas, pelo entendimento de que ninguém morre essencialmente?

Quantos desistiram do abortamento por terem admitido o acinte que tal coisa representa contra as divinas leis de Deus?

Quantos se decidiram por manter iluminada por Jesus a estrutura do lar, ao verificarem sua importância para o progresso familiar?

Quantos se dedicaram a estudar as leis da vida e a estudar-se, anelando o entendimento e a melhoria de si mesmos?

Quantos abriram mão dos preconceitos de raça, de cor da epiderme, de gênero, de cultura e tantos outros, libertando-se dessa forma de ignorância que se demora no seio das sociedades?

Quantos que se esforçam por servir, por amar, desejosos de se tornarem cada vez mais úteis no campo da existência?

Quantos hão renunciado às pressões do homem-velho, na corajosa busca dos valores do homem-novo, conforme as considerações do Apóstolo Paulo?

Quantos sofrem e choram seus tormentos de agora, conscientes quanto às razões desses complexos dramas, sem se permitir murchar pelo desânimo, ante a visão lúcida que o Espiritismo enseja?

Hoje, quando reconhecemos, na Pátria Espiritual, os inúmeros equívocos que costumamos cometer, quando caminhantes da vilegiatura corporal, vale considerar a importância de fazer com que a gloriosa informação da Codificação penetre nossa intimidade, a fim de que respiremos esse portentoso pensamento espírita, convertendo-o em nossa real filosofia de vida, o que nos capacitará para a conquista da felicidade.

Quantos que ainda supõem que é possível ser espírita sem ajustar a própria existência aos preceitos da Codificação, e que se enganam com essa suposição?

Quantos que ainda crêem na ventura post-mortem longe dos esforços para a superação de limitações e obstáculos encontrados nas vias mundanas, e que se frustram no além?

Acho-me sob intensa emoção. Lutamos, durante um tempo longo, junto aos valorosos Benfeitores do nosso Movimento Espírita Internacional, para que este momento fosse corporificado aqui, nos campos fluídicos da alma francesa. E o Senhor da Vida no-lo consentiu. Mais do que isso, destacou eminentes Numes de vários países para formar a coordenação deste evento, a efeméride do IV Congresso Espírita Mundial, sob a inspiração do próprio Codificador.

Cabe-nos vibrar, então, ao se fecharem as cortinas deste Congresso, certos de que suas luzes não se apagarão. Os elementos energéticos que absorvemos aqui, resguardados por luminosos Prepostos de Jesus, acompanhar-nos-ão como inspiração para os trabalhos futuros e como medicação valiosa para que, daqui para a frente, logremos o fortalecimento da alma para estudar, para amar e servir, mais conscientes dos nossos deveres para conosco, para com Jesus e para com a vida, agora aclarada em seus fundamentos pelos ensinamentos do Espiritismo que, vitorioso no mundo, impulsiona-nos a ter maior clareza e penetração da razão, ao mesmo tempo que, dedicados ao bem, possamos ser felizes.

Deixo o meu abraço emocionado a todos quantos vibraram, vibram e vibrarão com essa realização bendita no solo francês, e a todos desejo paz e muita luz junto à Seara do Espiritismo.

Servidor de todos, agradecido e vibrante,

Silvino Canuto Abreu

(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)

Dedicatória de Léon Denis para Canuto Abreu

Projeto Cartas de Kardec

Visita Canuto Abreu a Chico Xavier

Projeto Cartas de Kardec

Silvino Canuto Abreu e J. Herculano Pires, à esquerda, compondo a mesa no evento dos 100 anos de O Livros dos Espíritos.

Fontes: Projeto Cartas de Kardec

Fontes: Projeto Allan Kardec (Coleção de Manuscritos de Allan Kardec) 

 

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS

(PROJETO CARTAS DE KARDEC)

 

 00 - Coleção Canuto Abreu (Carta de Canuto Abreu para Chico Xavier de 29/04/1937)

 

01 - Coleção Canuto Abreu (Carta de Manuel Quintão)

 

02 - Coleção Canuto Abreu (Psicografia Bezerra de Menezes a Canuto Abreu de 14/11/1968)

 

 03 - Coleção Canuto Abreu - Psicografia Emmanuel (Arquivo Espírita de Canuto Abreu) ano de 1958

 

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RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Biografia de Canuto Abreu

 

Canuto Abreu (Tradutor) - Allan Kardec/Le Livre des Esprits (1ª edição - 1857)

 

Canuto Abreu - O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária

 

Canuto Abreu - Bezerra de Menezes

 

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